21 Savage faz sua estreia brasileira com show curto e morno no Rock in Rio 2024

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21 Savage

Tudo isso sob a direção de Marc B, DJ de Savage, que motivava o público a cantar em uníssono. Essa introdução, "enquanto Savage se preparava", como explicou Marc, fez com que o público formasse rodinhas em apenas 15 minutos.

21 Savage no Rock in Rio — Imagem: Stephanie Rodrigues/g1

Poderia ser o sinal de um grande lançamento, mas Savage permaneceu no palco por menos de uma hora e não conseguiu animar muito o público brasileiro.

Assim que o DJ se retirou, Savage apareceu e a atmosfera tornou-se mais intensa. Um clipe com uma declaração gravada da mãe do rapper deixou o público mais reflexivo, justo quando ele começou a interpretar "No Heart".

Um rapper britânico, que cresceu em Atlanta, nos Estados Unidos, ganhou destaque principalmente por suas colaborações. A mais famosa delas foi a música “Rockstar”, ao lado de Post Malone. Além disso, ele também trabalhou com artistas como Metro Boomin, Drake e Travis Scott, que se apresentará na mesma noite do festival.

21 Savage se apresenta com a música "Creepin'" no Rock in Rio.

Em 2020, recebeu um Grammy na categoria de melhor canção de rap pela faixa “A Lot”, em parceria com J. Cole, que faz parte do seu segundo álbum intitulado “I Am > I Was”.

Ele é reconhecido por expressar em suas canções as batalhas e os traumas vividos no passado. Como imigrante irregular nos Estados Unidos, enfrentou dificuldades com as autoridades de imigração em 2019, durante o auge de sua carreira.

A infância e a juventude dele também foram bastante desafiadoras. Enfrentou dificuldades na escola, se associou a gangues e se envolveu em furtos e no tráfico de drogas. Em um dos momentos mais críticos, foi atingido por seis tiros durante uma disputa entre gangues. Seu melhor amigo faleceu, e ele buscou consolo na música.

Esses são os assuntos abordados em seu novo álbum, “American Dream”, e é uma versão condensada desse espetáculo que ele traz neste evento.

Quem sabe isso justifique o motivo do clima ter sido mais voltado à reflexão do que ao de reuniões, cantorias e celulares levantados.

O rapper buscou cativar seu público com músicas como “Jimmy Cooks”, “On BS”, colaborações com Drake, além de “Don’t Come Out the House”.

Deixando de lado a introdução pomposa, Savage tem uma interação limitada com o público. Não há grandes exibições nos telões, explosões de fogos de artifício ou qualquer outra extravagância. Ele apenas pergunta de vez em quando se a galera está se divertindo, e a resposta é um tanto hesitante.

21 Savage no Rock in Rio — Imagem: Stephanie Rodrigues/g1

"Conta bancária" e "correndo" atraem o interesse do público. Da mesma forma, "glock no meu colo" chama a atenção. A próxima, "10 garotas ousadas", poderia gerar ainda mais empolgação.

Foi durante as músicas "Rockstar" e "Creepin’", já na parte final do espetáculo, que o público começou a se soltar de verdade.

Para finalizar, não há nada melhor do que conquistar o público brasileiro com música nacional no palco. “Redrum” é um dos sucessos mais recentes do rapper e incorpora a amostra de “Serenata do Adeus”, de Vinicius de Moraes, interpretada por Elza Laranjeira, lançada em 1963. No início do ano, essa canção figurou entre as mais populares no Spotify.

21 Savage finaliza sua apresentação com “Redrum” no Rock in Rio.

Era conhecido que ele iria apresentar a música aqui, mas talvez não de maneira tão formal. Com menos de uma hora de apresentação, ele fez sua primeira aparição no Brasil. O público poderia ter desfrutado de mais.

21 Savage no Rock in Rio — Imagem: Stephanie Rodrigues/g1

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