25 de novembro: Dia de luta pela eliminação da violência contra as mulheres

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25 de novembro

Em 2023, o Brasil registrou 1.463 casos de feminicídio, onde as vítimas eram mulheres. Esse total equivale a aproximadamente um caso a cada seis horas, representando o maior índice desde a implementação da lei que classifica o feminicídio como crime, em 2015.

A cifra é 1,6% superior à registrada em 2022. Entre 2015 e 2023, 10,6 mil mulheres foram assassinadas em decorrência de feminicídio no Brasil. Essas informações foram divulgadas em um relatório do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) em março.

Apenas em 2023, a Central de Atendimento à Mulher, vinculada ao governo federal, registrou perto de 75 mil relatos de violência através do telefone 180.

Dia Mundial De Combate à Violência Contra Mulheres

Esses dados se tornam ainda mais significativos nesta segunda-feira, dia 25, que marca o Dia Internacional de Combate à Violência contra as Mulheres.

"A luta contra a violência de gênero é uma das prioridades do Sindicato. Em 2019, lançamos o ‘Projeto Basta! Não Nos Silenciarão’, que já beneficiou mais de 480 mulheres que sofreram violência doméstica. Nos últimos anos, o movimento sindical bancário também tem conseguido, junto aos bancos, implementar várias cláusulas que oferecem maior proteção às mulheres do setor que são vítimas de violência doméstica ou assédio sexual no ambiente de trabalho”, salienta Neiva Ribeiro, presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo.

Veja algumas das disposições da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) que asseguram direitos às funcionárias do setor bancário:

Confira aqui, em detalhes, todas as disposições da CCT que abordam os direitos das mulheres que trabalham no setor bancário.

O agendamento para o atendimento do projeto Basta! Não nos calarão! é feito diretamente pelo WhatsApp, com o número 11 97325-7975. Assim, a vítima de violência pode conversar, em poucos minutos, com uma advogada.

Uma Mulher é Assassinada A Cada 10 Minutos

Em uma perspectiva global, 85 mil mulheres e meninas perderam a vida em 2023 em decorrência de homicídios. Deste número, 60%, ou seja, 51 mil, foram vitimadas por namorados, cônjuges ou outros familiares. Isso representa uma média de 140 mulheres e meninas assassinadas diariamente por seus parceiros ou pessoas da família. Em outras palavras, a cada 10 minutos, uma mulher ou menina é assassinada. Esses dados são provenientes da Organização das Nações Unidas.

"A agressão contra mulheres e meninas não é algo que não possa ser evitado. É possível prevenir. É fundamental que tenhamos leis mais eficazes, uma coleta de dados melhorada, um maior compromisso do governo, uma cultura de intolerância à violência e mais recursos para as organizações que defendem os direitos das mulheres e instituições relacionadas", enfatiza Sima Bahous, diretora executiva da ONU Mulheres.

“O Sindicato desempenha seu papel ao colocar a luta contra a violência de gênero como prioridade nas discussões que buscam expandir os direitos da categoria. Assim, ao longo dos anos, conseguimos assegurar diversas garantias. Continuaremos a batalhar para avançar ainda mais na proteção das mulheres. Não apenas as bancárias, mas todas nós.”

Dia Internacional De Combate à Violência Contra A Mulher

O Dia Internacional de Combate à Violência contra a Mulher é comemorado anualmente no dia 25 de novembro. Esta data foi estabelecida para denunciar as agressões direcionadas às mulheres em todo o mundo e para exigir que políticas sejam implementadas em todos os países com o objetivo de eliminar essa violência.

A mobilização em torno do tema começou em 1981, promovida pelo movimento feminista da América Latina, como uma forma de relembrar o dia em que as irmãs Mirabal foram brutalmente assassinadas na República Dominicana.

Em 1999, a Assembleia Geral das Nações Unidas, através da resolução 54/134, estabeleceu o dia 25 de novembro como um momento de mobilização, convocando governos, entidades internacionais e ONGs a promoverem ações com o objetivo de conscientizar a sociedade sobre a violência direcionada às mulheres.

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