Santander quer manter movimentação de R$ 2 bilhões na Agrishow 2024

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Agrishow 2024

Segundo Ricardo França, executivo da área de agronegócios do banco Santander, a instituição financeira almeja repetir o feito do ano passado e atingir a marca de R$ 2 bilhões em negócios durante a Agrishow deste ano.

Ele concordou que não é uma fase favorável para o mercado, devido à escassez de recursos financeiros entre os agricultores que sofreram perdas na safra e queda dos valores dos produtos agrícolas.

"Vou empreender esforços para adquirir, via método do consórcio, através de recursos financeiros disponíveis, essa será a nossa estratégia de planejamento para alcançar a cifra de R$ 2 bilhões", declarou o gestor.

"Ao examinar essas tarifas atualmente, é possível que eu me saia ainda melhor e seja capaz de providenciar o montante de recursos que o produtor precisar. Se eles recorrerem à linha de crédito do BNDES, é importante lembrar que podemos oferecer a nossa, que tem preços mais atrativos", destacou.

A taxa de juros da nova linha de crédito CPR BNDES terá como base a remuneração do BNDES de 1,3% ao ano, a remuneração do agente financeiro de até 4,3% ao ano e o custo financeiro. De acordo com França, a tarifa definida pelo Santander ficaria abaixo desse valor.

O objetivo do Santander para o ano de 2024 é aumentar em 30% sua carteira de clientes do setor agropecuário. Para alcançar essa meta, a estratégia adotada é buscar a expansão da base de clientes nesse segmento.

Nossa atenção está direcionada para a base de clientes, pois é o que nos destaca. Se continuarmos a aumentar as vendas para os mesmos clientes, poderemos ter dificuldades tanto para nós quanto para eles. Por isso, estamos contratando gerentes para encontrar novos clientes em áreas que ainda não atendemos muito. Foi o que comentou.

França ressaltou que a quantidade de pedidos de recuperação judicial de agricultores é significativa. Essa medida é reconhecida legalmente, no entanto, o Santander recomenda aos seus clientes que essa seja a alternativa final.

"Esperamos que o agricultor busque por nós, exponha suas dificuldades, mencione suas limitações financeiras e, desta forma, os bancos oferecerão o auxílio necessário", afirmou.

De acordo com o empresário, os consumidores do banco têm enfatizado bastante a solicitação para evitar a adoção da recuperação judicial. Ele sugeriu que não chegassem a esse ponto.

De modo geral, o crescimento no número de solicitações de recuperação judicial e atrasos no pagamento dificultam a obtenção de crédito para o indivíduo ou negócio que fez a solicitação, e elevam o custo do dinheiro para todo o setor financeiro, em face do aumento do risco.

A França alegou que o banco deixou de oferecer seguro agrícola porque o produto existente não foi capaz de atender às expectativas. No entanto, eles estão trabalhando em reformular o seguro e podem disponibilizá-lo novamente no mercado a partir da safra de 2024/25.

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