Alerta vermelho e baixa umidade: veja a previsão do tempo para esta sexta-feira

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Alerta vermelho onda de calor

O mês de setembro começou com um aviso sobre uma nova onda de calor acompanhada de baixa umidade, o que pode resultar no mês batendo o recorde histórico de altas temperaturas para esta época do ano. De acordo com o Climatempo, a probabilidade de chuva é pequena na maior parte do país até o final da próxima semana. O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um alerta laranja de perigo válido para esta sexta-feira devido ao calor intenso. Abaixo, é possível conferir quais estados serão afetados e qual a previsão para as capitais.

Previsões divulgadas pelo Instituto Nacional de Meteorologia para o dia de sexta-feira.

Alertas de baixa umidade (indicados em amarelo) e ondas de calor (sinalizadas em laranja, abaixo do amarelo) devem impactar vários estados das regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste. O instituto classifica o alerta de calor como "perigoso" e projeta um aumento de até 5ºC na temperatura acima da média por até cinco dias.

Nos estados localizados no extremo sul do país, o Instituto Nacional de Meteorologia emitiu um aviso sobre a queda de temperatura, que irá atingir Mato Grosso do Sul, São Paulo, Paraná e Santa Catarina. As temperaturas mínimas previstas nas capitais respectivas serão de 16°C, 13°C, 7°C e 7°C.

No sul do país também é esperado ocorrência de geadas nesta sexta-feira, em algumas regiões do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. Segundo o Instituto, as temperaturas mínimas devem variar entre 3ºC e 0ºC nos locais impactados.

Em algumas regiões de São Paulo e do Rio de Janeiro, há um alerta de tempestade, indicando a possibilidade de ventos fortes de até 60 km/h.

Onde a temperatura será mais elevada?

Certos locais de São Paulo, Minas Gerais, Amazonas, Rondônia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Pará serão particularmente impactados pelo calor, de acordo com o mapa. As temperaturas máximas nas capitais desses estados para a sexta-feira serão de 23ºC, 32ºC, 37ºC, 38ºC, 41ºC, 34ºC, 37ºC e 36ºC.

Qual é a previsão do tempo no Rio de Janeiro?

Hoje, a temperatura máxima esperada é de 25°C no Rio de Janeiro, com a mínima de 19°C. O dia será predominantemente nublado, com possibilidade de chuva em algumas regiões.

Conforme especialistas em clima do MetSul, este mês será marcado por um longo período de temperaturas muito altas em diversas partes do país, impactando todas as regiões com termômetros variando de 40ºC a 45ºC em várias áreas do território nacional. Isso tornará setembro um dos meses mais quentes já documentados no Brasil.

"Os registros previstos para esta semana e, sobretudo, na segunda semana do mês, irão ultrapassar em grande medida as médias históricas de temperatura máxima em todas as cinco regiões do país, com grande probabilidade de bater recordes para o mês de setembro e até mesmo absolutos em várias localidades", explicam.

O calor intenso proveniente da massa de ar quente terá maior impacto esta semana nos estados do Paraná, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Mato Grosso, Minas Gerais, Tocantins, Goiás, Distrito Federal, Rondônia, Acre, Amazonas, Pará, Tocantins, Bahia, Piauí e Maranhão, além de outras regiões do Brasil.

A maior incidência de altas temperaturas será observada no Norte e Centro-Oeste do Brasil, bem como em algumas áreas do Sudeste, onde a expectativa é que os termômetros ultrapassem os 40ºC em diversas cidades. Regiões do Nordeste, como o interior do Maranhão e do Piauí, também enfrentarão um calor intenso, com temperaturas acima dos 40ºC, segundo previsões.

Segundo os meteorologistas do Climatempo, "é bastante frequente ocorrências de calor extremo tanto nessa temporada quanto no mês de setembro em diversas regiões do Brasil", entretanto "recentemente elas têm se tornado mais intensas, começando mais cedo e se prolongando por mais tempo também".

Até quando irá perdurar esse intenso calor?

De acordo com as previsões do Climatempo, o calor deve continuar em algumas regiões até o meio de setembro. A partir do dia 19, uma frente fria está prevista para chegar. No entanto, a chuva só é esperada entre o fim de setembro e o início de outubro nessas áreas.

De acordo com o Climatempo, a umidade do ar pode chegar a níveis críticos - abaixo de 12%, em diversas cidades do sul de Mato Grosso, região interiorana de São Paulo, Triângulo Mineiro, região Centro-Norte, nordeste de Mato Grosso do Sul e sul de Goiás.

De acordo com os especialistas, essa elevação das temperaturas pode ser mais intensa do que as duas anteriores ocorridas no Brasil no início do ano, em março/abril e em maio, tanto em termos de duração quanto de grau de calor: "os níveis podem ultrapassar em diversas cidades, principalmente as localizadas no interior do território nacional".

Segundo a MetSul Meteorologia, estamos diante de uma situação de alto risco devido à extrema intensidade do calor previsto, o que exigirá atenção das autoridades. Diversos estados serão afetados por temperaturas muito altas, podendo chegar a extremos, e acompanhadas de ar extremamente seco, o que aumentará significativamente o perigo de incêndios e representará riscos para a saúde.

Estamos enfrentando uma seca que pode ser comparada ao clima do deserto do Saara.

Informações publicadas recentemente mostram que mais de mil municípios brasileiros estão em estado de alerta devido aos baixos índices de umidade, semelhantes em alguns casos aos registrados em desertos como o Saara. O Brasil vive a sua pior estiagem já registrada e os incêndios continuam se espalhando sem dar trégua.

Um relatório do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) revelou que mais de mil municípios apresentaram uma "umidade relativa do ar abaixo de 12%", índice que está aquém das recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS).

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) alertou para uma situação de risco elevado, mas mais tarde mudou o aviso para apenas "perigo" devido ao aumento da umidade para cerca de 20% no final da tarde.

A falta de chuvas na região, que está prejudicando Brasília e vastas áreas de São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás, está causando um "enorme perigo de queimadas e para a saúde", complementou.

Recentemente, a taxa de umidade diminuiu para menos de 10% (atingindo 7%) em diversas regiões.

Os níveis são extremamente baixos no deserto do Saara, conforme explicou à AFP Ana Paula Cunha, pesquisadora do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden).

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