Cailee Spaeny descobriu que estaria em Alien: Romulus pelo Instagram
Cailee Spaeny soube que participaria de "Alien: Romulus" através do Instagram.
Imagem: Divulgação/20th Century Studios / Rolling Stone Brasil
Cailee Spaeny tem acumulado papéis marcantes em sua carreira ainda jovem. Nos últimos dois anos, a atriz americana de apenas 26 anos participou de Priscilla (2023), Guerra Civil (2024) e, mais recentemente, de Alien: Romulus, que acaba de ser adicionado ao catálogo do Disney+, após ter uma arrecadação de mais de US$ 350 milhões globalmente — o segundo maior sucesso da franquia, ficando atrás apenas de Prometheus, de 2012, que obteve US$ 403,3 milhões.
Para comemorar o êxito do lançamento, a Rolling Stone Brasil, em colaboração com o CineBuzz, entrevistou Cailee Spaeny sobre o processo de escolha do elenco para o filme de Fede Alvarez e a forma surpreendente como soube de sua participação, entre outros assuntos. Confira a íntegra da entrevista a seguir:
Cailee Spaeny: No começo da minha carreira, participei de uma seleção para um dos filmes do Fede Alvarez [diretor do novo projeto], mas não consegui o papel. No entanto, aparentemente ele se lembrou de mim. Não mantive contato com o Fede por longo tempo, até que, em um determinado dia, recebi um e-mail informando sobre a produção de um novo filme da franquia Alien. Fiquei extremamente animada, mas também senti a pressão de fazer um trabalho de qualidade.
C.S.: Sou uma enorme admiradora dessa franquia e acredito que ela precisa estar sob a direção certa. Já tivemos alguns filmes dela, por isso trazer algo novo representa uma grande responsabilidade. Quando soube que o Fede estaria envolvido, fiquei realmente animada para discutir o projeto com ele, pois ele possui um excelente entendimento do terror e dos elementos que tornam as coisas aterrorizantes.
C.S.: Encontrei na internet. Acredito que tenha chegado à minha equipe antes. Não sei se foi algo que vazou ou algo do tipo, mas eu vi enquanto navegava no Instagram, o que é uma maneira bem peculiar de descobrir, mas fiquei fascinada.
C.S.: O Fede gravou de forma cronológica, portanto, nossa primeira cena foi no nosso primeiro dia de filmagem, enquanto a cena final foi registrada no nosso último dia. Ao trabalhar em um projeto desse tipo, o principal desafio é a resistência, pois as filmagens se estendem por um longo período. Foram seis meses de produção. Além disso, há, sem dúvida, uma pressão significativa por ser uma mulher à frente dessa franquia, especialmente após o extraordinário trabalho da Sigourney Weaver. Contudo, acredito que, acima de tudo, o verdadeiro desafio é manter o foco no objetivo principal durante todo o processo: fazer um filme repleto de carinho para os fãs.
"Existem altas expectativas para ser uma mulher nesta franquia", declara Cailee Spaeny, a protagonista de "Alien: Romulus".
Imagem: Divulgação/20th Century Studios / Rolling Stone Brasil
C.S.: A presença do Fede realmente trouxe uma dose de alegria ao set de filmagem, pois ele nos lembrava o tempo todo de como éramos privilegiados por vivenciar aquela experiência, e isso é uma realidade. Todos se mostraram muito solidários uns com os outros. Foi incrível trabalhar em um filme com pessoas da mesma geração, pois estávamos compartilhando essa jornada juntos. Assim, qualquer dificuldade que enfrentei foi amenizada pelo apoio caloroso do elenco e da equipe.
C.S.: A performance é de alto nível e o Fede realmente nos cobrou nesse aspecto. Ele costumava dizer: "Fora da ficção científica e do terror, como isso se apresentaria em um filme dramático independente?". Ele desejava que assegurássemos que estávamos entregando nossas melhores atuações.
C.S.: Temos a Sigourney, mas também contamos com Winona Ryder (em Alien – A Ressurreição), Harry Dean Stanton (em Alien, o 8º Passageiro) e Bill Paxton (em Alien, o Resgate)… Quero dizer, a qualidade do elenco desses filmes é impressionante… Sinto-me realmente afortunada, não só por dividi a franquia com a Sigourney, mas também com todos os outros, incluindo o [colega de elenco] David Johnson.
É uma enorme satisfação, pois um dos aspectos que mais se destaca nesta franquia de ficção científica é que os responsáveis pela produção e direção priorizam a atuação. Isso é fundamental para eles. Eles não sucumbem ao clichê de performances ruins comuns em filmes de terror ou ficção científica.
"Existem altas expectativas para ser uma mulher nesta franquia", declara Cailee Spaeny, a protagonista de "Alien: Romulus".
Imagem: Divulgação/20th Century Studios / Rolling Stone Brasil
C.S.: Acredito que o objetivo é alcançar um ponto de equilíbrio entre prestar tributo e criar um filme que agrade aos fãs de Alien, ao mesmo tempo em que ele se sustenta de forma independente, mesmo que você não tenha assistido aos outros filmes da série. Alien: Romulus é plenamente compreensível e interessante, mesmo que seja o primeiro filme da franquia que você escolha assistir.
Apresentar um elenco mais jovem é algo inédito. O Fede possui algumas surpresas reservadas, especialmente no que diz respeito ao trabalho com criaturas que são totalmente novas para nós. Acredito que o cerne deste filme reside, de fato, na relação de irmandade entre Rain [a personagem interpretada pela Cailee] e Andy [David Johnson], uma dinâmica que também nunca foi explorada nesses filmes antes.
C.S.: Essa [resposta] varia a cada dia. É uma disputa entre Alien - O 8.º Passageiro (1979) e Aliens - O Resgate (1986). Algumas das minhas falas preferidas estão em Aliens, enquanto algumas das minhas atuações favoritas pertencem a Alien. Não consigo decidir.
É uma escolha difícil entre os dois, embora existam muitos outros filmes que têm cenas impressionantes. Prometheus (2012) é algo totalmente distinto; poderíamos discutir sobre ele e Alien: Covenant (2017) por horas a fio. Eu nunca consigo decidir qual é meu preferido e acredito que Alien: Romulus representa uma mistura dos dois [Alien e Aliens]. Isso tornou o filme tão prazeroso, pois não tivemos que optar por um ou outro; conseguimos incorporar o melhor dos dois mundos, algo que se reflete nos figurinos, na produção, no design, nas atuações, nas narrativas e nas criaturas.
O cinema é o foco do mais recente especial impresso da Rolling Stone Brasil. Nesta edição voltada para os aficionados pela sétima arte, conversamos com Francis Ford Coppola, que completa 85 anos enquanto apresenta seu novo longa-metragem, Megalópolis, um projeto audacioso e de alto custo que ele mesmo financiou.
Imperturbável frente às reações polêmicas em relação à inovação que levou quase quatro décadas para se concretizar, o diretor promove a audácia de ser inovador na indústria cinematográfica e, de forma clara, destaca a influência do Brasil em sua nova obra: "Alegria".
O programa também inclui entrevistas com Walter Salles, Fernanda Torres e Selton Mello sobre o filme Ainda Estou Aqui, uma conversa sobre trilhas sonoras com o maestro João Carlos Martins, uma seleção exclusiva dos 100 melhores filmes de todos os tempos (divididos em 50 brasileiros e 50 estrangeiros), além de uma lista com as 101 trilhas sonoras mais marcantes do cinema. Haverá, ainda, um aquecimento para o Oscar 2025 e uma atualização sobre os lançamentos da Globoplay, Globo Filmes, O2 Play e O2 Filmes para os próximos meses.
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