Americanas (AMER3) dispara mais de 60% após balanço do 3T

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As ações da Americanas (AMER3) sobressaem como uma das principais valorizadas da Bolsa de Valores nesta quinta-feira (14), após a empresa ter apresentado seu relatório financeiro do terceiro trimestre.

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Foto Suno Notícias

Por volta das 13h, os papéis da Americanas (AMER3) tiveram um aumento impressionante de 68,75%, sendo negociados a R$ 5,67.

No terceiro trimestre deste ano, a empresa registou um lucro de R$ 10,279 bilhões, recuperando-se de um prejuízo de R$ 1,630 bilhão registrado no mesmo período de 2022.

Durante a videoconferência sobre os resultados da Americanas, a companhia expressou otimismo em relação à sua habilidade de aumentar a margem bruta no quarto trimestre, que geralmente é o mais significativo para o setor varejista. Essa projeção se fundamenta na dedicação plena da administração às atividades da empresa, após a quitação da maior parte das dívidas com os credores no âmbito do processo de recuperação judicial do conglomerado.

“Ainda mantemos nossa confiança na ampliação da margem bruta”, declarou a diretora financeira Camille Loyo Faria.

A empresa registrou um aumento de 13,6% nas vendas das mesmas lojas durante o trimestre. Leonardo Coelho, CEO da Americanas, ressaltou que uma parte desse crescimento se deve à estratégia de readequar as lojas físicas, oferecendo um mix de produtos mais convencional, que está em sintonia com a trajetória da empresa desde os anos 1930.

"A proposta de valor da Americanas envolve uma combinação que remete ao passado, composta por produtos de baixo valor agregado, mas que demonstram uma alta resiliência em períodos de crise e restrições de consumo", afirmou Coelho, mencionando itens como doces, eletrodomésticos, artigos para o lar e brinquedos.

Após o escândalo financeiro que resultou na recuperação judicial da empresa em janeiro de 2023, a Americanas encerrou 100 unidades e está utilizando parte da infraestrutura dessas lojas para inaugurações em locais mais estratégicos. "Estamos na etapa final de escolha de alguns locais para novas lojas", afirmou Coelho, sem fornecer mais informações.

No terceiro trimestre, a empresa concluiu a reestruturação das dívidas com credores financeiros, reduzindo a dívida bruta de R$ 45,2 bilhões em junho de 2024 para R$ 1,7 bilhão ao final de setembro de 2024. Atualmente, a dívida da Americanas é formada por R$ 1,6 bilhão em debêntures emitidas pela própria companhia, além de R$ 75 milhões em empréstimos e financiamentos relacionados a outras empresas do grupo que não foram recuperadas e, por isso, não estão incluídas no processo de Recuperação Judicial.

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