Oito homens foram expulsos de um mesmo voo sob alegação de mau cheiro corporal

Três indivíduos moveram uma ação federal em oposição à American Airlines, argumentando discriminação racial, em razão da expulsão de oito passageiros negros de um voo de Phoenix com destino a Nova York (voo AA-832) em janeiro, sob o argumento de mau odor corporal.

Dois homens, que não haviam se encontrado antes do voo e ocupavam assentos diferentes, relatam que a única característica em comum entre eles era a cor de sua pele, ambos negros. Quando embarcaram no avião, um funcionário da companhia aérea American Airlines se aproximou de cada um deles e determinou que eles abandonassem o voo, sem lhes dar, supostamente, qualquer justificativa.

As filmagens do ocorrido, abaixo, exibem os indivíduos demonstrando incredulidade e apontando a equipe da empresa aérea por práticas discriminatórias. Em um dos registros, um funcionário da American Airlines é escutado garantindo que as alegações de preconceito racial vindicadas pelos usuários são verdadeiras.

Os responsáveis pela ação foram avisados mais tarde de que um dos funcionários de bordo, de raça branca, havia reportado um cheiro corporal desagradável vindo de um passageiro desconhecido. Inicialmente, os homens foram informados que teriam que pegar outro voo, mas depois de mais de uma hora de espera e a falta de opções alternativas, eles foram autorizados a voltar para sua aeronave original.

De acordo com a denúncia, os passageiros foram submetidos ao constrangimento do escrutínio por outros passageiros, em sua maioria brancos, que os consideravam responsáveis pelo atraso. Esse episódio, descrito como traumático, assustador, vexatório e degradante, causou desconforto em todo o percurso do voo.

A American Airlines declarou que trata com rigor todas as alegações de discriminação e que zela por oferecer uma vivência positiva a seus consumidores quando escolhem viajar com ela. A organização está averiguando o incidente atualmente, tendo em vista que as alegações não condizem com seus valores essenciais nem com seu objetivo de cuidar das pessoas.

Em 2017, a NAACP lançou um aviso de viagem pedindo que as pessoas evitassem a American Airlines devido a registros de ocorrências que, embora não fossem fundamentadas em preconceito racial, desencadearam casos perceptíveis de discriminação racial dentro da empresa.