Argentina denuncia hostilidade contra asilados em embaixada na Venezuela

30 Julho 2024
Argentina

Nesta terça-feira (30), o governo argentino condenou as agressões em sua embaixada na Venezuela e atribuiu a responsabilidade ao presidente Nicolás Maduro pelo apagão na sede diplomática, onde estão abrigados seis opositores do governo chavista.

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Foto Valor Econômico

Após um dia, Maduro deu um prazo de 3 dias para a delegação diplomática da Argentina sair do país, segundo a agência de notícias Associated Press.

Em um comunicado oficial, o governo argentino alertou sobre quaisquer atos intencionais que ameacem a segurança dos funcionários diplomáticos argentinos e dos cidadãos venezuelanos sob asilo na embaixada.

De acordo com a Convenção de Caracas, quando os diplomatas deixam o país, os asilados devem ser retirados. A única decisão possível é continuar protegendo-os. Manuel Adorni, porta-voz da presidência argentina, mencionou a situação dos solicitantes de asilo que trabalharam na campanha eleitoral de María Corina Machado e Edmundo González, candidatos da oposição.

Ontem, na segunda-feira, o governo da Venezuela comunicou a retirada dos seus funcionários diplomáticos da Argentina, Chile, Costa Rica, Peru, Panamá, República Dominicana e Uruguai, juntamente com a saída dos seus próprios representantes nestes países. Isso ocorreu após o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela ter anunciado a vitória de Maduro nas eleições sem apresentar os resultados detalhados da votação.

A comunidade internacional, juntamente com os países mencionados, criticou o resultado e pediu transparência nas eleições. Na América do Sul, apenas as embaixadas da Bolívia permanecem na Venezuela, com possíveis exceções do Brasil e da Colômbia, que optaram por aguardar por informações concretas antes de apoiar ou condenar o processo eleitoral que garantiu a permanência de Maduro no cargo até 2031.

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