PIB da Argentina recua 5,1% no 1º trimestre e país entra em recessão técnica

25 Junho 2024
Argentina

No que diz respeito ao trimestre anterior, a economia da Argentina diminuiu 2,6%, registrando o segundo trimestre seguido de queda.

Após o desfecho, a economia da Argentina entrou em um período de desaceleração, caracterizado pela queda da atividade econômica por dois trimestres consecutivos.

De janeiro a março, ocorre o primeiro trimestre inteiro da gestão de Javier Milei como presidente da Argentina. Ele assumiu o cargo em dezembro, após uma campanha eleitoral na qual prometeu reduzir os gastos públicos e alcançar um equilíbrio fiscal (receita igual às despesas).

Antes de Milei assumir o cargo, o país já estava passando por uma recessão econômica profunda. Ao se tornar presidente, ele decidiu suspender as obras financiadas pelo governo e interromper a transferência de verbas para os estados, visando diminuir os custos públicos.

Além disso, parou de conceder incentivos para tarifas de água, gás, eletricidade, transporte coletivo e serviços básicos — o que, a princípio, causou um grande aumento nos valores cobrados dos consumidores.

Impacto Econômico Da Pandemia: Consumo, Emprego E Pobreza

Javier Milei defende que o país necessita reestruturar suas finanças, depois de anos de déficits que afetaram a credibilidade do país entre os investidores internacionais. Embora as finanças públicas tenham melhorado, isso tem causado impactos negativos, como o aumento da pobreza e a queda do consumo.

Segundo as informações do Indec, houve uma redução de 6,7% no consumo das famílias no início do ano em relação ao mesmo período do ano anterior, ao passo que o consumo do governo teve uma queda de 5%.

A interrupção de obras de infraestrutura públicas devido aos cortes de despesas do governo causou impactos negativos, resultando na demissão de trabalhadores de áreas fundamentais, como a construção civil.

Os habitantes da Argentina estão reduzindo o consumo de carne.

De acordo com o Indec, a taxa de desemprego do país subiu para 7,7% nos primeiros três meses do ano, superando os 5,7% registrados no final do ano passado. Isso resultou em aproximadamente 300 mil pessoas desempregadas a mais em comparação com o trimestre anterior.

Os dados do Indec mostram que a deterioração do mercado de trabalho, a alta da inflação em 276,4% e a agravamento da crise econômica levaram 41,7% dos 46,7 milhões de argentinos a ficarem abaixo da linha da pobreza.

No comércio exterior, as compras do país diminuíram em 20,1% no início do ano, ao passo que as vendas para o exterior tiveram um aumento de 26,1%.

* Com base nos dados fornecidos pela agência Reuters.

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