Campo magnético de máquina de ressonância puxou arma de ...
Ele estava internado desde o dia 16 de janeiro. A morte foi confirmada pela Secretaria da Segurança Pública. A polícia investiga o caso e aguarda o resultado dos laudos.
De acordo com a polícia, Leandro tinha autorização para portar a arma e entrou na sala do exame com uma pistola 9 milímetros, pente extra e 30 munições.
Logo que a máquina começou a funcionar, ela puxou a arma como se fosse um imã. Assim que a pistola bateu no aparelho, houve o disparo e Leandro foi atingido na barriga. A arma estava carregada com 30 munições. Por pouco, o tiro não atingiu funcionários.
O laboratório informou que, antes de entrar no local, Leandro assinou um termo em que concordou com as orientações para acessar a área. Por ser um local com campo magnético, é necessária a retirada de objetos metálicos, mesmo como acompanhante.
“Estava tudo escrito e esclarecido, tanto é que ele guardou todos os objetos no armário e, infelizmente, o único objeto que ele não guardou foi a arma de fogo que ele portava”, contou diretor-médico do laboratório Cura, César Penteado.
O advogado foi levado ao Hospital São Luiz, onde ficou internado por cerca de 15 dias. Nesta segunda-feira (6), ele não resistiu ao ferimento e morreu.
"É com profundo pesar que a OAB Cotia comunica a todos os colegas advogados a perda inesperada do nosso querido amigo e advogado. Lamentamos a perda e nos solidarizamos com a família neste momento de dor", publicou a OAB 108ª Subseção de Cotia, na Grande São Paulo.
Força do aparelho
Campo magnético da máquina pode levantar até ônibus
A médica Paula Arantes, neurorradiologista do Hospital das Clínicas, explica que mesmo quando não está acontecendo um exame, o campo magnético dos aparelhos de ressonância atua de maneira poderosa.
"Cada equipamento fica dentro de uma gaiola, que tem uma espessura enorme, de material com esse campo magnético. Para isso, a gente tem distâncias e riscos diferentes à medida que vai se aproximando do aparelho", explica Paula.
Vídeo que mostra arma de PM 'sugada' por equipamento de ressonância em SC viraliza
A situação ocorreu em uma clínica de Florianópolis (SC) em 2015, mas voltou a repercutir após uma publicação na internet.
Na época, um policial militar fazia uma abordagem dentro da clínica, com arma em punho, quando o equipamento puxou o revólver. A remoção, segundo a PM, demandou uma equipe especializada.
Caso ocorrido em Florianópolis em 2015 voltou a repercutir nas redes sociais — Foto: Redes Sociais/Divulgação
Porte de arma
Favorável a políticas armamentistas, Leandro costumava usar seu perfil no TikTok com mais de 7 mil seguidores para tirar dúvidas de internautas sobre arma e também registro de colecionador, atirador desportivo e caçador (CAC).
Foram ao todo 904.858 registros para aquisição de armas entre 2019 e 2022, indicam dados do Exército obtidos pelo g1 via Lei de Acesso à Informação.
Leandro Mathias foi atingido no abdome — Foto: Reprodução/TikTok
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