Azul (AZUL4) em recuperação judicial? Entenda queda de 25% nas ações

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AZUL4

Os papéis da empresa Azul (AZUL4) caem aproximadamente 25% por volta das 11h40 de hoje, diante de especulações sobre uma possível reestruturação de dívidas da empresa sendo discutida pelo mercado.

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Foto Suno Notícias

Uma reportagem da Bloomberg, baseada em fontes anônimas bem informadas, relata que a Azul está considerando diversas opções, que vão desde uma oferta pública de ações até mesmo uma reestruturação judicial nos Estados Unidos - procedimento conhecido como Chapter 11, que também está sendo adotado pela GOL (GOLL4).

De acordo com as informações obtidas pelo meio de comunicação, isso ocorre devido ao fato de que as obrigações da Azul possuem uma quantia significativa a ser paga em prazos curtos.

A possibilidade de lançamento de ações da Azul está em pauta com o Citi, que irá auxiliar a empresa de aviação.

Gráfico criado em: 29 de agosto de 2024.

Uma alternativa considerada pela AZUL4 seria a realização de uma emissão de novos títulos de dívida através da divisão de carga da empresa.

Ao mesmo tempo, a empresa está em conversas com players do mercado para uma possível união com a GOL.

A ideia começou a ser considerada desde que a GOL entrou com pedido de recuperação judicial no começo deste ano.

As empresas já informaram que estão em conversas sobre o assunto e chegaram a um acordo de compartilhamento de voos. No entanto, ainda não foi tomada nenhuma decisão definitiva até o momento.

Qual O Valor Da Dívida Da Azul?

De acordo com o mais recente balanço da empresa, referente ao segundo trimestre de 2024, o passivo líquido da companhia alcança a cifra de R$ 24,6 bilhões.

O montante devido aumentou em 18% em relação ao trimestre anterior, quando estava em R$ 20,8 bilhões.

Dessa forma, em relação à capacidade de endividamento, a dívida da empresa aérea equivale a 4,5 vezes o seu Ebitda - um aumento de 0,8 vez em comparação com os 3,7 do trimestre anterior.

No final do segundo trimestre de 2024, o montante total devido pela empresa atingiu a marca de R$ 28,1 bilhões.

"Comparativamente ao 1º trimestre de 2024, a dívida total aumentou em R$3.722,6 milhões, atingindo R$28.106,7 milhões, principalmente devido à desvalorização de 11,7% do real em relação ao dólar americano no final do período. Isso resultou no crescimento dos passivos de arrendamento e empréstimos em moeda estrangeira, além da emissão de debêntures locais. Esse aumento foi parcialmente compensado pelo processo contínuo de redução da alavancagem da empresa, com R$1,5 bilhão em pagamento de dívidas e arrendamentos", informou a empresa em seu comunicado de resultados.

No dia 30 de junho de 2024, o prazo médio de vencimento da dívida da Azul, sem considerar os compromissos de arrendamento e debêntures conversíveis, era de 4,1 anos, com uma taxa de juros média de 11,0%. A empresa informou que a taxa média de juros dos títulos em moeda local e em dólar era de CDI +4% e 10,5%, respectivamente.

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