Banco Central deve promover nesta quarta 1º aumento de juros do terceiro mandato de Lula

Banco Central

Caso a previsão do mercado financeiro se concretize, esta representará a primeira elevação durante o terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Desenvolvimento da Taxa Selic

(em porcentagem ao ano)

E que a taxa permaneça em ascensão até chegar a 11,50% ao ano em janeiro, resultando em um aumento total de 1 ponto percentual.

Expectativas do mercado financeiro em relação à taxa de juros.

A taxa Selic não estava em um patamar alto desde agosto de 2022.

Origem: Informações do Boletim Focus do Banco Central

Os especialistas preveem que, a partir de julho do próximo ano, a taxa começará a diminuir, encerrando 2025 com um índice de 10,50% ao ano.

Críticas Ao Setor Produtivo

Se a elevação das taxas de juros se confirmar, ocorrerá em um contexto de intensas críticas por parte do setor produtivo da economia.

Escolha Do Novo Presidente

A elevação das taxas de juros prevista pelo mercado financeiro surge após a nomeação do economista Gabriel Galípolo, que é atualmente diretor de Política Monetária da instituição, para assumir a liderança do Banco Central em 2025. Antes de assumir o cargo, ele precisará passar por uma sabatina e receber a aprovação do Senado.

O presidente já expressou diversas críticas ao atual presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, escolhido por Bolsonaro, que permanecerá na função até o final deste ano.

Em agosto, entretanto, o presidente da República declarou que não vê dificuldades em Galípolo, indicado por ele mais tarde para liderar o Banco Central, mencionar o aumento das taxas de juros — pois ele é uma pessoa "altamente competente", um "brasileiro que ama o Brasil".

"Lula afirma que Gabriel Galípolo possui as características de uma pessoa extremamente capacitada."

Deflação De Agosto E Metas Econômicas

Conforme o sistema de metas que orienta as ações do Banco Central, o Copom deve ajustar a taxa de juros para alcançar os objetivos estabelecidos para os próximos anos, sem considerar a inflação já ocorrida.

As escolhas relacionadas à taxa de juros levam de seis a 18 meses para produzir efeito completo na economia. Diante disso, o Banco Central já está focando, neste momento, na inflação acumulada em doze meses, até março de 2026.

As previsões do Banco Central e do mercado, em termos técnicos, estão "desvinculadas" das metas de inflação estabelecidas para o futuro e estão aumentando.

Segundo o Itaú, os elementos que exercem pressão sobre a inflação e explicam o aumento das taxas de juros são:

Para a instituição, o aumento nos preços traz prejuízos, especialmente para as camadas mais carentes da população, que acabam destinando uma fatia maior de sua renda a esses gastos. Além disso, essa situação causa desorganização na economia e dificulta o planejamento das empresas.

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