Futuro da zona euro é incerto, diz banco central checo, que não quer que o país adira à moeda única

Banco Central

O Banco Central da República Tcheca demonstra grande ceticismo em relação à inclusão do país na zona do euro. Segundo a instituição, os orçamentos e os níveis de dívida de "diversos países" encontram-se próximos do insustentável.

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Foto Observador

O futuro da zona euro é incerto, pois ainda não está completamente construída e possui algumas falhas. Além disso, várias nações enfrentam dificuldades orçamentárias. Esses são os pontos-chave mencionados pelo banco central da República Checa, que há anos revela sua falta de confiança em entrar na união monetária, uma vez que isso significaria abdicar do controle sobre a política monetária e as taxas de juros.

O Banco Central expressou sua preocupação com a situação financeira de diversos países da zona do euro em um relatório divulgado recentemente, conforme noticiou a Euroavtiv. A instituição alerta que as consequências da crise do coronavírus ainda geram déficits orçamentais persistentes e elevados níveis de dívida, o que pode inviabilizar a sustentabilidade financeira de muitos desses países. Além disso, o relatório salienta que a união monetária não tem conseguido avançar na construção de uma arquitetura mais fortalecida, mesmo após as experiências enfrentadas na crise da dívida que ocorreu na década passada.

Banco Central - Figure 2
Foto Observador

De acordo com o relatório apresentado pelo portal Euroactiv, o banco nacional checo afirma que é uma tarefa desafiadora definir quando a República Tcheca irá aderir à zona do euro, uma vez que há muitas variáveis em jogo. Além disso, é difícil estimar quais serão as consequências dessa decisão para a economia do país.

Desde o início da adesão da República Tcheca à União Européia, havia a expectativa de que o país também se unisse à zona do euro em algum momento. No entanto, esse processo tem sido prolongado por vários anos e não parece estar progredindo satisfatoriamente. A falta de interesse da população é um fator decisivo: de acordo com uma pesquisa do Centro Tcheco de Estudos de Opinião Pública (CVVM) realizada no ano passado, 73% dos cidadãos tchecos não apoiam a adoção do euro.

Mesmo com as preocupações expressas pelo banco central, o governo também parece desinteressado em trabalhar na adesão. Segundo um representante do Ministério das Finanças checo entrevistado pela Euractiv República Checa, as prioridades do governo estão centradas na restauração da saúde financeira do país. Somente após essa etapa é que será possível iniciar o debate sobre o cronograma para a adoção do euro.

No ano de 2022, na metade do ano, o primeiro-ministro Petr Fiala afirmou que não há intenções por parte da República Checa em se juntar à união monetária em um futuro próximo.

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