Bradesco (BBDC4) ignora aversão a risco e dispara após balanço: virada chegou?
Hoje os mercados estão demonstrando aversão ao risco, com o Ibovespa em queda, embora tenha se recuperado um pouco em relação à baixa de aproximadamente 2% na abertura. Uma das poucas exceções no índice foi o Bradesco (BBDC3; BBDC4), cujas ações subiram cerca de 8% depois de divulgar um resultado na manhã de segunda-feira (5) que superou as expectativas do mercado. Às 15h10 (horário de Brasília), BBDC3 subia 7,68% (R$ 12,20), enquanto BBDC4 avançava 7,75% (R$ 13,63).
A ação acontece depois que o banco anunciou um lucro líquido recorrente de R$ 4,7 bilhões no segundo trimestre, um aumento de 12% em relação ao trimestre anterior e 9% acima do que o JPMorgan esperava.
De acordo com a instituição financeira dos Estados Unidos, o desempenho favorável foi impulsionado principalmente pela redução das reservas para cobrir perdas em empréstimos, beneficiado pelo aumento nas recuperações de crédito e pela reversão de desvalorizações contábeis.
Considerando o contexto de perspectivas e obstáculos dos trimestres passados, o JPMorgan afirmou ter uma visão principalmente otimista para este trimestre, visto que o banco segue avançando em seu projeto de redução de custos, com mais de 400 agências e pontos de atendimento encerrados e diminuição do quadro de funcionários, juntamente com a retomada do crescimento dos empréstimos e queda na taxa de inadimplência.
Os analistas do JPMorgan observam que o Bradesco está apresentando melhorias gradualmente em seus resultados, apesar de ser difícil comemorar um retorno sobre patrimônio líquido (ROE) de 12%. Eles consideram o atual Preço/Valor Patrimonial de 0,8 vezes das ações como atraente em termos de risco versus retorno, à medida que o ROE se aproxima do custo de capital. Portanto, eles esperam uma valorização das ações no futuro.
A Ativa Investimentos observou que o Bradesco apresentou um desempenho positivo acima das expectativas, impulsionado por seu core business. O trimestre foi marcado por melhorias no setor bancário, com o Bradesco registrando um crescimento mais consistente de sua carteira de crédito e uma melhora no spread após vários trimestres de queda. Além disso, a inadimplência reduziu para 4,3%, uma diminuição de 0,5 p.p., conforme destacado pela empresa de análise.
O texto não foi fornecido, poderia reenviar para que eu possa realizar a reescrita?
Portanto, de acordo com a Ativa, devido à redução da necessidade de reservas e ao aumento da margem entre receitas e despesas, a margem financeira líquida do banco foi o ponto alto do trimestre, sinalizando uma melhoria na rentabilidade e aumentando a confiança na recuperação do banco.
A XP Investimentos considera que os resultados foram favoráveis e superaram suas projeções, com destaque para o aumento da carteira de empréstimos e da NII (margem financeira) com os clientes após 3 trimestres consecutivos de queda. Um ponto importante a ser destacado foi a diminuição do Custo de Crédito, com uma melhoria significativa de 29% em comparação ao ano anterior.
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Mesmo com os níveis baixos, a XP acredita que o banco obteve resultados sólidos que indicam uma tendência positiva. Por conseguinte, o banco parece preparado para iniciar uma retomada do crescimento de forma gradual e confiante.
O Goldman Sachs observou que o lucro líquido foi além do esperado devido a diminuição das reservas e alguns indicativos positivos.
De acordo com o Goldman Sachs, o principal motivo para o resultado acima das expectativas foram as reduções nas reservas, que diminuíram 7% em comparação com o trimestre anterior e ficaram 16% abaixo do planejado pelo banco, à medida que a qualidade dos ativos apresentou boas tendências, com a taxa de inadimplência caindo 60 pontos-base (bps) para 4,3%.
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A receita líquida do Goldman Sachs foi levemente inferior às previsões, principalmente devido ao baixo desempenho no mercado financeiro, enquanto a receita com clientes aumentou 5% no trimestre, impulsionada pelo crescimento dos empréstimos, especialmente para empresas de pequeno e médio porte. Por outro lado, as receitas com taxas foram melhores do que o esperado, compensando o desempenho fraco no setor de seguros, e as despesas se mantiveram dentro do planejado.
Por outro lado, o Morgan Stanley destaca que o retorno sobre o patrimônio líquido ajustado (ROAE) de 11,4% superou as expectativas de 10,7% feitas por seus analistas.
Segundo Morgan, a margem com os clientes aumentou devido às originações robustas e diversidade de empréstimos. Porém, a margem de mercado de R$ 325 milhões, registrou uma queda de 48% em relação ao trimestre anterior, sendo afetada pela alteração na curva de taxas e menores lucros com negociações.
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O Itaú BBA também informou que o lucro do Bradesco superou suas expectativas em 7%. Enquanto as receitas estavam de acordo com as previsões, registrando um aumento de 5% no trimestre, as reservas para cobrir créditos em atraso caíram 7%, o que impactou diretamente no resultado final.
No Banco BBA, a performance operacional está progredindo, como evidenciado pelo aumento de 2,5% em sua carteira de empréstimos no trimestre e uma margem com clientes 5% maior. Foi observada uma melhora na qualidade do crédito de 50 pontos base, principalmente devido às pequenas e médias empresas, o que levou a um pequeno aumento nos índices de cobertura para 170%.
O JPMorgan continua com a classificação de peso acima da média (exposição superior à do mercado, comparável à compra) com um preço-alvo de R$ 18. Enquanto isso, o Goldman Sachs e o BBA mantêm recomendação neutra e preço-alvo de, respectivamente, R$ 14 e R$ 15,50.