Bradesco (BBDC4) tem lucro recorrente de R$ 5,22 bi no 3º tri, alta anual de 13,1%
O Bradesco anotou um lucro líquido recorrente de R$ 5,225 bilhões no terceiro trimestre de 2023, o que representa um aumento de 13,1% em relação ao mesmo período do ano anterior e uma elevação de 10,8% em comparação com o segundo trimestre deste ano.
A instituição financeira apresentou um aumento nas receitas provenientes da oferta de serviços, em parte devido à integração dos resultados da Cielo, que é controlada em parceria com o Banco do Brasil e teve seu capital fechado no último trimestre. Além disso, houve um crescimento, ainda que modesto, na margem financeira, enquanto a diminuição da inadimplência resultou em uma queda significativa nas provisões.
O retorno sobre o patrimônio líquido alcançou 12,4%, representando um incremento de 1,1 ponto percentual em um ano e de 1 ponto percentual em um trimestre. O Bradesco encerrou o terceiro trimestre com R$ 2,077 trilhões em ativos, um crescimento de 7,6% em relação ao ano anterior. O patrimônio líquido totalizou R$ 162,931 bilhões, com um aumento de 1,3% no comparativo anual.
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A receita obtida com os clientes, que indica o lucro gerado nas operações de crédito, apresentou uma diminuição de 1,3% ao longo de um ano, totalizando R$ 15,635 bilhões. No entanto, houve um aumento de 2,5% em comparação ao trimestre anterior. No que se refere à tesouraria, o resultado alcançou R$ 364 milhões, mostrando um crescimento significativo em relação aos R$ 23 milhões reportados no mesmo período do ano anterior.
A margem financeira total cresceu 0,9% no terceiro trimestre em relação ao mesmo período do ano anterior, alcançando R$ 15,999 bilhões. Em comparação com o trimestre anterior, houve um aumento de 2,7%.
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O portfólio de crédito do Bradesco chegou ao final do trimestre com um total de R$ 943,891 bilhões, apresentando um aumento de 7,6% em comparação ao ano anterior e de 3,5% em relação ao trimestre anterior. O principal impulsionador desse crescimento foram as operações destinadas às empresas, que registraram um crescimento de 11,2% em um ano, especialmente as pequenas e médias empresas, que tiveram uma alta de 16,9%. Já o portfólio de crédito para pessoas físicas cresceu 8,9% no mesmo período.
A taxa de inadimplência ficou em 4,2%, considerando os atrasos superiores a 90 dias, apresentando uma redução de 1,4 pontos percentuais em relação ao ano anterior. Observou-se uma melhora em todos os segmentos, especialmente no setor de varejo, que inclui tanto consumidores individuais quanto pequenas empresas.
As receitas provenientes de serviços aumentaram 8,7% em um ano, atingindo R$ 9,904 bilhões, impulsionadas por cartões e operações de crédito. Excluindo a inclusão dos dados da Cielo, o crescimento anual teria sido de 5,1%, totalizando R$ 9,6 bilhões, conforme informações do banco.
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O presidente do Bradesco, Marcelo Noronha, declarou em comunicado que os resultados indicam que o banco está se desenvolvendo em todas as áreas, porém de forma cautelosa. “Certamente, o ambiente econômico apresenta dificuldades. Contudo, a composição da nossa carteira de crédito é bastante conservadora e as novas concessões de crédito têm demonstrado uma qualidade satisfatória”, afirmou.
Segundo ele, a redução da inadimplência proporciona segurança para que o conglomerado continue progredindo.