Bia Ferreira já garante pódio no boxe e terá revanche na semifinal de Paris 2024
Imagem por © Alexandre Loureiro/COB
Beatriz Ferreira entrou para a história do boxe olímpico em Tóquio 2020 ao conquistar a medalha de prata. Agora, em Paris 2024, a baiana deu mais um passo importante no esporte brasileiro ao garantir seu segundo pódio. Nenhum outro pugilista do Brasil havia conseguido tal feito até então. Bia assegurou sua vaga nas semifinais da categoria até 60kg ao derrotar Chelsey Heijnen, da Holanda, por decisão unânime. Com essa vitória, o pódio está garantido para ela.
No boxe olímpico, todos os lutadores que chegam às semifinais garantem uma medalha, pois não há disputa de bronze. Bia Ferreira está em busca do ouro, que ela chama de "a mãe de todas as medalhas", e terá uma revanche na semifinal contra a boxeadora irlandesa Kellie Harrington, que venceu Bia na final dos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020. O confronto está marcado para o dia 3 de agosto, sábado.
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Bia Ferreira mostrou total superioridade diante de Chelsey Heijnen, vencendo por 5 a 0 na pontuação dos juízes. A brasileira recebeu notas 10 a 9 de todos os árbitros nos três rounds, resultando em uma pontuação unânime de 30 a 27 a seu favor. Isso garantiu a vitória da medalhista brasileira.
Em um combate disputado, Bia Ferreira demonstrou superioridade no primeiro round, castigando sua oponente com golpes precisos. Mesmo com as tentativas de Heijnen de buscar o clinch, Bia Ferreira se manteve no controle no segundo round e encaminhou a vitória. A atleta baiana não deu margem para que qualquer juiz pudesse mudar o rumo da luta no terceiro round, mantendo o ritmo imbatível. Agora, todos aguardam ansiosamente a tão esperada revanche entre Bia Ferreira e Kellie Harrington.
Boxe Nos Jogos De Paris De 2024
Gosto De Fazer História!
Após a batalha, Bia Ferreira falou sobre sua conquista histórica de se tornar a primeira brasileira a conquistar duas medalhas no boxe. Esta será a última vez que a lutadora da Bahia competirá nas Olimpíadas, pois pretende se dedicar exclusivamente ao boxe profissional após os Jogos.
"Eu adoro fazer história! Gosto de desafiar o inédito. Estou radiante. Encerro essa jornada com duas medalhas Olímpicas. Dediquei-me intensamente para conquistar isso. Sinto que mereci. Estou muito orgulhosa de mim mesma e espero que, daqui a uma década, siga assim", declarou à Confederação Brasileira de Boxe (CBBoxe).
Bia não pretende ficar apenas com a medalha de bronze. Ela afirmou: "Conseguimos assegurar uma medalha para o Brasil, para a minha equipe. Estou extremamente contente com isso. Porém, estou determinada a buscar mais uma final e conquistar a tão almejada medalha dourada desta vez. Meu foco está mantido."
A lutadora brasileira avaliou sua performance na noite: "Alguns competidores dificultam bastante a luta, não é interessante. Mas conseguimos alcançar o objetivo, que era sair com a vitória. Ela é uma atleta que não permite que a luta flua naturalmente. Eu já esperava que ela fosse causar problemas, porque só assim teria chance de me vencer. Se ela optasse pelo combate em pé, eu estaria preparada".
"Partida Final Da Bolinha Na Luta 1"
Anteriormente, o Brasil teve a participação de outro lutador no ringue, Luiz Gabriel Oliveira, conhecido como Bolinha. Ele é descendente de Servílio de Oliveira, seu avô e o primeiro medalhista olímpico do boxe no país, conquistando o bronze em Cidade do México em 1968. No entanto, a estreia olímpica do jovem de 23 anos terminou na primeira luta, sendo derrotado por Jahmal Harvey, dos Estados Unidos, por decisão dividida dos juízes em 3 a 2.
A batalha foi realizada nas oitavas de final da categoria masculina até 57kg. No primeiro round, Bolinha venceu por 10 a 9 de acordo com três juízes. No segundo round, o brasileiro também foi considerado o vencedor por três árbitros. Contudo, Harvey conseguiu virar o jogo no terceiro round, com quatro avaliadores dando a vitória por 10 a 9 a seu favor. Dessa forma, Harvey saiu vitorioso com um placar de 29 a 28 para três juízes, enquanto Bolinha teve a vantagem de 29 a 28 em dois juízes.
Do ponto de vista técnico, a luta deixou a desejar. Foi repleta de conflitos, com os dois lutadores levando a rivalidade para o lado pessoal, deixando de lado a parte técnica e tática, especialmente o comportamento faltoso do americano. Dessa forma, a decisão ficou nas mãos dos árbitros", disse Mateus Alves, técnico brasileiro, após o confronto. Essa foi a sexta vez que Bolinha e Harvey se enfrentaram, com o americano saindo vitorioso pela quarta vez, incluindo a semifinal dos Jogos Olímpicos de Paris em 2024.
Pugilistas Brasileiros: Mais Informações
Tiago Muxanga deixou Moçambique nas oitavas de final da categoria masculina até 71kg. Ele lutou contra Marco Alonso Verde Álvarez do México e perdeu por 3 a 2. Agora, Alcinda Panguana representa o boxe moçambicano nas oitavas de final da categoria feminina até 66kg. Ela irá enfrentar Yang Liu da China na próxima quinta-feira, 1° de agosto.
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