Bitcoin vai a US$ 35 mil e atinge nova máxima no ano com avanço de registro de ETF da BlackRock

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Na terça-feira, o preço do bitcoin (BTC) aumentou mais de 12%, chegando a US$35 mil. Isso representou a nova máxima do ano e aconteceu devido à possibilidade de uma entrada significativa de capital no mercado de ativos digitais após a aprovação dos fundos negociados em bolsa (ETFs) nos Estados Unidos.

Eric Balchunas, analista de ETFs da Bloomberg Intelligence, divulgou em uma postagem no X que o iShares Bitcoin Trust, fundo administrado pela BlackRock, a maior gestora mundial de ativos, foi registrado na DTCC. A DTCC é uma companhia que oferece serviços de custódia e compensação no mercado americano.

A criptomoeda mais valiosa, o bitcoin, atingiu o valor de US$ 35.066 durante as negociações na região asiática, mas posteriormente passou a se valorizar de forma mais lenta. Essa é a cotação mais alta desde maio do ano anterior, quando o mercado foi abalado pela queda da plataforma Terra Luna, gerando o que foi chamado de inverno das criptomoedas.

A criptomoeda ether (ETH), da rede Ethereum, ultrapassou a marca de US$ 1.800 em meio à retomada da confiança dos investidores em relação às criptomoedas.

Ayron Ferreira, que é o chefe de análise na Titanium Asset, afirmou que o bitcoin voltou a ser destaque no mercado, graças a seus sólidos fundamentos e regulamentações promissoras nos EUA, apesar das pressões da SEC.

De acordo com Rony Szuster, especialista do Mercado Bitcoin, o sentimento de excitação é resultado da possível inclusão do ETF na lista da BlackRock, cuja aprovação pode estar próxima.

De acordo com as declarações de Fernando Pereira, especialista em análises financeiras da Bitget, a barreira a ser desafiada no momento é a marca dos 36 mil dólares.

Por volta das nove horas da manhã (horário de Brasília), o bitcoin apresentava uma alta expressiva de 12,7% nas últimas 24 horas, sendo comercializado a US$ 34.542, enquanto o ether subia 9,8%, atingindo o valor de US$ 1.839, segundo informações do CoinGecko. O valor total do mercado de todas as criptomoedas do mundo era de US$ 1,32 trilhão. Em moeda nacional, o bitcoin apresentava uma valorização de 12,3%, chegando ao valor de R$ 174.288, enquanto o ether crescia em 9,32% a R$ 8.280, de acordo com os valores fornecidos pelo MB.

De acordo com Thiago Rigo, analista da Titanium, o principal motor do mercado de criptomoedas continua sendo a expectativa de aprovação dos ETFs de Bitcoin que estão em vista nos EUA. "A retirada da SEC [Comissão de Valores Mobiliários] dos veredictos favoráveis ao mercado cripto, um movimento exposto principalmente pela desistência de apelar contra a gestora Grayscale, tem levado o mercado a acreditar que a aprovação dos ETFs é uma possibilidade antes do prazo definido, que é em torno do primeiro mês de 2024 para a maioria das solicitações", afirma.

A SEC não só optou por não recorrer contra a mudança do GBTC para um ETF, como também retirou as acusações contra dois executivos da Ripple Labs no processo em que classificou o token XRP como um "valor mobiliário não registrado". Os processos haviam sido movidos contra o presidente da Ripple, Brad Garlinghouse, e o cofundador da empresa, Chris Larsen.

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