Em reta final de campanha, Boulos caminha com Lula em SP para aumentar conversão de votos
No sábado que vem (5), o postulante à Prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos (Psol), realizará uma caminhada ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na avenida Paulista, aproximadamente às 9h. Esta é a segunda ocasião em que o líder petista visita São Paulo para apoiar a campanha de Boulos. A primeira vez ocorreu em 24 de agosto, em uma praça localizada no Campo Limpo, na região sul da cidade.
O respaldo de Lula é uma das táticas fundamentais na campanha de Boulos, se não for a mais importante, para conquistar o eleitorado das áreas periféricas, onde o presidente obteve vitória nas eleições de 2022. O candidato tem como foco principal os eleitores da chamada periferia consolidada, território onde a esquerda tem, a cada eleição, perdido terreno para postulantes de direita.
Nesta área, onde residem majoritariamente cidadãos de São Paulo com renda da classe C, Boulos e Ricardo Nunes (MDB) encontram-se praticamente em um empate técnico nas intenções de voto, considerando a margem de erro de dois pontos percentuais.
Segundo a Quaest, divulgada em 24 de setembro, o candidato do PSOL apresenta 25% das intenções de voto, enquanto o prefeito em exercício conta com 24%. Pablo Marçal, do PRTB, que também está buscando conquistar os eleitores locais, possui 21% entre aqueles que recebem de três a sete salários mínimos.
São classificados como brasileiros da classe C aqueles que recebem entre dois e cinco salários mínimos. Da mesma forma, entre os eleitores que escolheram Lula no segundo turno das eleições de 2022, 48% demonstram interesse em votar em Boulos e 18% em Ricardo Nunes.
Duas caminhadas do presidente com Boulos estavam agendadas para o dia 28 do mês passado, em São Miguel e no Grajaú, na zona leste da cidade. No entanto, ambas foram canceladas em razão da viagem de Lula ao México para a cerimônia de posse da presidente Claudia Sheinbaum no dia seguinte.
Uma transmissão ao vivo que estava agendada para esta quarta-feira (2) com os dois foi cancelada devido a problemas com a aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB) que trouxe o presidente de volta.
