América FC SAF nasce dentro da primeira onda de SAF no Brasil | LexLatin
A iniciativa visa posicionar o América-RN como um time competitivo. / América de Natal - Facebook
A transformação do América-RN em Sociedade Anônima do Futebol trará a oportunidade de empregar o investimento do HI.PE em seu espaço de treinamento e para ampliar suas equipes, incluindo o time feminino, e também em seu próprio estádio.
Data de publicação: 11 de outubro de 2023.
Com o objetivo de revitalizar o América-RN e torná-lo um time competitivo, o clube realizou um investimento de aproximadamente 174 milhões de reais (34,11 milhões de dólares em 10 de outubro). Em setembro, foi oficializada a operação que resultou na criação do América FC SAF pela America Futebol Clube, que recebeu aporte financeiro do HI. PE Capital S.A., passando esta última a deter 80% das ações do América FC SAF, enquanto o América FC detém os 20% restantes.
Essa é a estreia da SAF na participação com times de futebol do Rio Grande do Norte e teve a assistência legal de Cescon Barrieu Advogados e Campos Mello Advogados, representando América FC e HI.PE, respectivamente. O aporte financeiro do HI.PE será o mais substancial já realizado em um clube da Série C, além de estar entre os quatro mais volumosos para a Série B e o montante mínimo requerido para ser competitivo na Série A.
Uma empresa do ramo esportivo chamada SAF (Sociedade Anônima do Futebol) tem como objetivo administrar equipes de futebol. A criação dessa empresa foi possível por meio da Lei nº 14.193, que possibilita a transição de uma associação civil sem fins lucrativos (modelo de organização tradicional no Brasil) para uma sociedade que permite a entrada de investidores como proprietários. Além disso, essa empresa movimenta atividades relacionadas à prática esportiva, obtém receitas por meio da transação de direitos esportivos e de propriedade intelectual próprios e de terceiros, organiza espetáculos esportivos, culturais ou sociais, entre outros.
A Lei do Sistema Financeiro Nacional (SAF) recebeu um upgrade com novas medidas para proteger os investidores contra os débitos dos clubes, visando a proporcionar maior segurança no setor.
No Brasil, as negociações da SAF estão em andamento ao mesmo tempo em que estão sendo discutidas a criação de uma nova liga. Esta liga vem em três versões: a LiBRA (Liga Brasileira de Futebol), financiada pela Mubadala Capital, a Liga Forte Futebol, financiada pela Serengeti Asset Management, e uma terceira opção (ainda sem nome) formada pelo Botafogo, Vasco da Gama, Cruzeiro e Coritiba, com os investidores sendo Serengeti e Life Capital Partners. Com a criação da nova liga, será possível organizar jogos das séries A e B do Campeonato Brasileiro, mantidas vinculadas à Confederação Brasileira de Futebol e com um novo modelo de negócio para licenciamento de direitos de transmissão, gestão das marcas dos times e dos direitos de imagem dos jogadores, bem como outros compromissos financeiros que não se relacionarem com a propriedade intelectual dos clubes.
Contando com a participação de diversos investidores, incluindo a DOZE - de propriedade do jogador Marcelo, do Fluminense -, a transformação do América-RN em SAF possibilitará o direcionamento de recursos do HI.PE para o aprimoramento do seu centro de treinamento, bem como para o investimento em suas divisões de base, no time feminino e no estádio. Para que essa operação fosse concretizada, foi necessário que se estabelecessem negociações com o Clube relacionadas a contratos pertinentes à licença de propriedade intelectual, além de acionistas e ao aluguel do Centro de Treinamento.
Consultores da HI.PE Capital Consultoria Empresarial Ltda e HI.PE Participações S.A.:
Representantes do Clube de Futebol América (Rio Grande do Norte).