Brasil é 6ª economia que mais cresceu no mundo em 2024
O G20 é uma coalizão de algumas das principais potências econômicas globais.
De junho de 2023 até junho do ano atual, o Brasil apresentou um crescimento econômico menor em comparação com Índia, Indonésia, China, Rússia e Estados Unidos, e se equiparou ao índice da Turquia.
Os países Coreia do Sul, Canadá, México, França, Itália e Reino Unido, juntamente com a zona do euro em geral, apresentaram um aumento de sua economia inferior ao registrado pelo Brasil.
A economia da Alemanha não apresentou crescimento, enquanto a Arábia Saudita sofreu uma retração econômica.
A África do Sul, Argentina, Austrália e Japão ainda não divulgaram informações referentes ao desempenho de suas economias no segundo trimestre.
O crescimento econômico de cada país foi mensurado.
Os dados obtidos tanto no Brasil quanto em outras nações estão em consonância com uma tendência prevista para este ano por relatórios de importantes instituições, como o Fundo Monetário Internacional (FMI), o Banco Mundial e a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Esses relatórios apontam que a economia mundial está se recuperando após anos de turbulência causada pela pandemia e por questões conflituosas.
Eles indicam que o desenvolvimento econômico está se originando de duas regiões em particular: dos Estados Unidos e das economias em ascensão, incluindo o Brasil.
De acordo com dados oficiais do primeiro semestre deste ano, os Estados Unidos, que possuem a maior economia do mundo, estão apresentando um crescimento anualizado de 2,8%.
Essa velocidade demonstra um aumento em comparação com os últimos dois anos, nos quais a economia dos Estados Unidos cresceu 1,9% (2022) e 2,5% (2023).
Muitos economistas acreditam que a economia dos Estados Unidos possa ganhar mais impulso, pois o Federal Reserve indicou no mês passado que está pronto para reduzir as taxas de juros, o que poderá impulsionar a economia.
No primeiro semestre de 2024, o Brasil apresentou um aumento de crescimento maior do que o previsto pelo FMI para este ano, alcançando 2,1%, superando os 2,5% registrados oficialmente.
No segundo trimestre, houve um aumento de 1,4% em comparação com o primeiro trimestre do ano, superando a previsão dos economistas de mercado em meio ponto percentual. Eles esperavam um aumento de 0,9%.
No entanto, tanto o desempenho atual quanto a projeção do FMI para o Brasil continuam abaixo do crescimento observado no Produto Interno Bruto (PIB) nos últimos dois anos, que foi de 3% (em 2022) e 2,9% (em 2023).
O Produto Interno Bruto do Brasil teve um aumento que deixou o governo satisfeito, e agora há a possibilidade de rever a previsão para o ano de 2024.
Mercados Emergentes E EUA Em Destaque
A economia global está se recuperando, depois de passar por quatro anos tumultuados, devido à pandemia de covid-19.
No ano de 2020, com a propagação do novo vírus de forma mundial, a economia global foi afetada por fechamento de negócios, restrições de circulação, confinamentos, interrupção de operações e dispensa em larga escala de trabalhadores.
No ano seguinte, com a disponibilidade de vacinas no mercado, a pandemia começou a ser controlada e muitas medidas foram relaxadas.
Durante esse período, as economias globais tiveram altos e baixos significativos.
Diversos países foram impactados por novas ondas de covid-19. Já em outras nações, houve períodos de rápida recuperação na economia, seguidos de momentos de estagnação ou declínio.
A grande parte das nações enfrentou uma situação complicada: o crescimento considerável dos gastos e dívidas do governo, após a implementação de medidas de incentivo à economia durante a crise sanitária.
Isso, somado à bagunça nas cadeias de produção mundiais devido à pandemia, foi um fator que impulsionou o aumento da inflação na maioria das nações.
O que aconteceu depois foi um período de elevação nas taxas de juros - alcançando níveis históricos em quatro décadas nos países desenvolvidos.
Nos últimos anos, o Brasil enfrentou tanto a inflação quanto elevadas taxas de juros.
No entanto, de acordo com previsões de economistas e grandes instituições financeiras, em 2024, esse período está se aproximando do término.
Conforme o mais recente relatório da OCDE sobre a economia mundial, há indícios de melhora na perspectiva global, apesar de que o crescimento ainda é limitado.
A economia mundial está se mostrando resistente, a inflação está diminuindo mais do que o esperado inicialmente e a confiança das empresas está aumentando.
A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico também destacou que as disparidades entre a oferta e a procura de empregos estão se reduzindo, enquanto a taxa de desemprego permanece em níveis historicamente baixos.
No entanto, existe um desafio que se destaca para a economia mundial em 2024: a recuperação e a estabilidade estão ocorrendo de forma desigual. Além disso, os resultados dos últimos quatro anos podem resultar em um crescimento da desigualdade em diversas nações.
De acordo com a OCDE, a regularidade do crescimento econômico varia globalmente, com desempenho mais estável em várias economias desenvolvidas, sobretudo na Europa, enquanto há forte crescimento nos Estados Unidos e em muitos países em desenvolvimento.
De acordo com Indermit Gill, do Banco Mundial, o avanço econômico apresenta-se em patamares inferiores aos registrados antes de 2020. A situação das economias mais carentes do globo é ainda mais alarmante, pois enfrentam altos índices de endividamento, restrições nas oportunidades comerciais e desastres climáticos onerosos.
No seu mais recente documento, o Banco Mundial destacou que o desenvolvimento econômico na América Latina, assim como no restante do globo, tem sido desigual em diferentes países da região.
A instituição afirmou que o Brasil e o México estão com indicadores de confiança empresarial favoráveis, enquanto a Colômbia está apresentando melhorias, por outro lado a Argentina está enfrentando uma significativa recessão econômica.
Embora haja indicadores de que a economia mundial está em crescimento, os relatórios alertam que ainda existem perigos - especialmente agora que os países estão iniciando a diminuição de suas taxas de juros.
No mês passado, por exemplo, houve uma preocupação momentânea nos mercados de que a economia dos Estados Unidos poderia entrar em recessão, após a divulgação de dados negativos sobre o desemprego.