Com X bloqueado no Brasil, Musk republica críticas a Moraes | CNN Brasil
Nesta quarta-feira (4), o bilionário sul-africano Elon Musk, proprietário do X (antigo Twitter), compartilhou novamente críticas contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), em sua conta nas redes sociais. As publicações feitas no X foram acessadas pela CNN através de seus correspondentes internacionais.
Em uma postagem compartilhada novamente por Musk, é solicitado o afastamento do juiz. No texto, o usuário conhecido como "DogeDesigner" acusa Moraes de ser um "delinquente total" e menciona que "nenhum juiz, neste século 21, desrespeitou tantas vezes as leis de sua nação".
Em uma publicação anterior, Musk divulgou o perfil "AlexandreFiles", criado pela plataforma na semana passada para compartilhar os atos de Moraes após o ministro do Supremo Tribunal Federal ordenar o bloqueio da rede no Brasil na sexta-feira passada (31).
Neste comunicado, o "AlexandreFiles" menciona uma ordem de Moraes solicitando o bloqueio dos perfis do youtuber Monark, do político Alan Rick e do deputado Nikolas Ferreira, em janeiro de 2023, e acusa o ministro de ter cometido um ato ilegal. Musk compartilha a postagem e alega que Moraes infringiu de forma contínua as leis do Brasil.
A determinação de Moraes foi feita após o STF ter exigido que Musk designasse um novo advogado da empresa no Brasil, ameaçando suspender a plataforma. No entanto, Musk não cumpriu a determinação e não nomeou um representante no Brasil.
A empresa foi notificada através de uma publicação feita no perfil oficial da Corte na própria rede social. Foi dado um prazo de 24 horas para cumprir a ordem, porém a empresa não o fez dentro do tempo estipulado.
A CNN fez contato com o Supremo Tribunal Federal e com o ministro Alexandre de Moraes para falar sobre as críticas e está aguardando uma resposta.
O empresário bilionário Elon Musk, proprietário da empresa X e da Starlink, já havia compartilhado imagens editadas do ministro Moraes e feito críticas a ele depois de ter sido convocado pelo STF.
Em abril, Musk passou a ser investigado no inquérito sobre milícias digitais por determinação de Moraes, que também solicitou a abertura de uma investigação para apurar as ações do magnata em possíveis crimes como obstrução da Justiça ou incitação ao crime.
Segundo dados fornecidos por Luciana Taddeo, da CNN, em Buenos Aires, e por Lucas Mendes, da CNN, em Brasília,
