Cobrança da torcida, momento do Bragantino e reta final do Brasileirão: veja como foi a coletiva de Jadsom

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Brasileirão

Um atleta, por sua vez, foi indagado sobre um suposto desentendimento com os fãs durante o jogo contra o Bahia, onde o Bragantino saiu vitorioso com um resultado de 2 a 1, anotando um gol nos minutos finais da partida. Jadsom refutou a alegação de que teria feito gestos indecorosos para a torcida e esclareceu que apenas estava aplaudindo as cobranças.

Mediocampista Jadsom, do Bragantino, durante entrevista coletiva — Imagem: Danilo Sardinha/ge

Além disso, o meio-campista afirmou que é favorável à exigência e considera isso algo benéfico.

– A pressão da torcida, na minha opinião, é algo normal. Não é algo fácil de lidar. Vejo isso como algo positivo. Acredito que a torcida deveria se unir ao jogador. Se precisarem ir até a porta para reclamar, podem dizer o que quiserem. Isso é benéfico para nós. Penso que, às vezes, nós, jogadores, sentimos falta um pouco do apoio da torcida justamente por causa dessas cobranças. Se a torcida tivesse começado a exigir um pouco mais antes, talvez estivéssemos em uma final da Sul-Americana ou mesmo na semifinal. Poderíamos estar competindo na Copa do Brasil. Sabemos que o calendário do futebol brasileiro é extenso, com muitos jogos. Nem sempre estaremos em grande forma em todas as partidas. É normal ter oscilações. O Palmeiras, que também é um grande clube, atualmente está disputando apenas um torneio. A torcida exige muito. Eles não se importam com o que aconteceu no passado ou com as conquistas anteriores. O que interessa é o desempenho atual. Acho isso válido. Por isso, a torcida não compreendeu a situação e pode ter achado que foi um ato desrespeitoso. Nunca fiz um gesto ofensivo e nunca desrespeitei a torcida do Red Bull Bragantino. Muito pelo contrário – afirmou.

– Creio que se a torcida do Red Bull Bragantino nos apoiasse mais, poderíamos alcançar grandes conquistas e melhorar significativamente. Precisamos sair dessa zona de conforto. Eu converso com os jogadores e explico que, de certa forma, estamos em uma posição cômoda. Já passamos por eliminações em competições, e ter o apoio da torcida seria fundamental – completou (veja a declaração completa abaixo).

Volante Jadsom durante um treinamento do Bragantino — Foto: Danilo Sardinha/ge

Jadsom admite que a fase do Bragantino não é das melhores e comenta que certos detalhes têm impedido o time de alcançar vitórias. O atleta acredita que o rendimento apresentado contra o Palmeiras trouxe mais confiança ao grupo, que, segundo suas palavras, deve focar na parte superior da tabela.

– Precisamos recuperar a nossa vaga na Sul-Americana, que é o nosso principal objetivo neste momento. Depois disso, devemos pensar em cada passo a ser dado. A meta é chegar ao final e, quem sabe, conquistar uma posição na pré-Libertadores. Existem muitos clubes brasileiros que podem abrir novas oportunidades no G-8 ou até no G-6. Acredito que haverá vagas disponíveis. Essa possibilidade traz esperança para nossos colegas. Não estou incluindo a todos, pois não tenho proximidade com todos. Nós nos entendemos bem, mas não posso afirmar que visito a casa de todos. Aqui dentro, nas conversas que temos quando chegamos ao clube, começamos a discutir as questões, especialmente durante o café da manhã. Nossa mentalidade precisa ser otimista. Devemos focar no positivo, mas sempre ter em mente que o alerta está ligado. Não podemos nos esquecer disso, mas é necessário manter a visão voltada para cima – afirmou.

Confira a seguir a íntegra da coletiva do meio-campista Jadsom:

Como você considera a situação atual da equipe?

Jadsom: Eu faço uma comparação com o que foi 2022. Estamos vivendo uma situação semelhante à que enfrentamos no ano passado. Sabemos que a atual conjuntura não é favorável, assim como em 2022. Estávamos cientes dos desafios que teríamos que encarar no campeonato. Desde o início, o torneio tem se mostrado complicado e totalmente diferente dos anos recentes. As equipes que estão na parte inferior da tabela estão se esforçando muito e lutando para alcançar suas metas, assim como nós buscamos realizar os nossos objetivos. Infelizmente, vivemos em um contexto no futebol onde há altos e baixos. Até mesmo times brasileiros com investimentos significativos estão enfrentando dificuldades no Campeonato Brasileiro. Podemos observar o Corinthians batalhando para evitar o rebaixamento. Essa é uma equipe que manteve muitos jogadores desde 2021, incluindo vários que estão comigo desde a minha chegada. Já temos um grupo que se conhece bem há bastante tempo. Contudo, o futebol é imprevisível. Às vezes, você está em uma boa fase. No ano passado, dependíamos apenas de nós para conquistar o título brasileiro, mas, infelizmente, na reta final, não conseguimos encontrar a energia extra necessária para lutar até o fim. Este ano está se revelando como uma oportunidade de aprendizado. Não faz sentido supor que tudo será fácil; as coisas não estão se desenrolando como pensávamos no ano passado. O time mantém a mesma estrutura e continua buscando cumprir os objetivos em campo, seguindo a orientação do treinador. Precisamos seguir nos dedicando, cultivando a confiança e almejando as vitórias. A confiança brota com os resultados positivos. Lamentavelmente, as vitórias têm escapado por detalhes, mas estamos empenhados e determinados a tirar o Red Bull dessa situação.

Jadsom, do Bragantino, em jogo frente ao Palmeiras — Imagem: Ari Ferreira/Red Bull Bragantino

Como você percebe a relação de certos torcedores com você? Há pessoas que parecem não ter uma boa opinião a seu respeito. Pode comentar sobre o episódio no jogo contra o Bahia? Algumas pessoas afirmaram que você teria feito gestos direcionados à torcida. Qual é a sua visão sobre isso?

Jadsom: Considero isso excelente. Na minha perspectiva, é algo muito positivo. Estou aqui há quatro anos e vejo com bons olhos essa pressão da torcida; acredito que ela deveria estar mais envolvida com nossa equipe. Contudo, é importante saber quando cobrar e quando apoiar. O que aconteceu no jogo contra o Bahia foi que a torcida percebeu nosso empenho em campo. Abrimos o placar com 1 a 0, mas acabamos sofrendo o gol de empate. No final da partida, a torcida já começava a vaiar quando os acréscimos foram anunciados. Em apenas cinco minutos, o Gustavinho encontrou uma oportunidade e marcou. Antes disso, a torcida já demonstrava seu descontentamento com vaia, afirmando que a equipe era uma vergonha.

Nós, que somos atletas do futebol e experimentamos tudo o que acontece em campo, quando marcamos um gol, liberamos todas as emoções. Eu não fiz nenhum gesto específico. Apenas aplausos. Aplaudi diante do modo como estavam se manifestando. Considero isso muito válido e positivo, pois exige mais do time, do colega que está ao lado e de todos ao redor. Isso é algo realmente interessante.

Costumo comentar com todos que, na minha opinião, o principal aspecto que falta ao Red Bull Bragantino é uma maior participação da torcida junto aos jogadores. No momento, as coisas não estão indo bem, mas quando chegamos à final da Sul-Americana, a atmosfera era diferente e todos diziam “você é o melhor”. Não sou um profissional com muitos títulos na carreira, mas em cada lugar por onde passei, tenho plena confiança de que alcancei diversas conquistas e deixei uma boa marca. Nunca fui uma pessoa pessimista; sempre busquei oferecer o meu melhor. Prova disso é que ainda estou aqui. Permanecer em um clube como o Bragantino, que constantemente compete na Série A, Libertadores e Sul-Americana, não é tarefa simples.

Meio-campista Jadsom, do Bragantino — Imagem: Ari Ferreira/Red Bull Bragantino

A pressão dos torcedores, na minha visão, é algo esperado. Não é algo simples. Penso que isso é bom. Acredito que a torcida deveria se unir aos jogadores. Se for necessário ir até a porta para fazer críticas, fiquem à vontade para se expressar. Isso é importante para nós. Às vezes, nós, como atletas, sentimos a falta dos torcedores. E é exatamente por conta dessas cobranças. Se a torcida tivesse se manifestado um pouco mais cedo, talvez estivéssemos disputando uma final de Sul-Americana ou uma semifinal. Poderíamos estar na Copa do Brasil. Todos sabemos que o calendário do futebol brasileiro é bastante tumultuado, com muitos jogos. Nem sempre jogamos bem em todas as partidas. É natural haver oscilações. O Palmeiras, que também é um grande clube, atualmente está participando apenas de um campeonato. A torcida realmente critica. Eles não se importam com o que aconteceu no passado ou com os títulos conquistados anteriormente. O foco é no presente. Isso é compreensível. Por essa razão, a torcida não entendeu a minha atitude e achou que foi desrespeitosa. Nunca acenei de forma obscena, nunca desmereci a torcida do Red Bull Bragantino. Pelo contrário.

Não vou entrar em detalhes internos, mas quando a janela se abriu, eu tinha algumas opções, mas optei por ficar. Comuniquei ao Caixinha que estaria ao lado dele, pronto para ajudar. Ele me assegurou que contava comigo, e eu garanti que se ele contava, poderia ter a certeza de que dentro de campo eu daria o meu melhor. Nem sempre estamos em nosso melhor dia, mas é fundamental lutar em todos os momentos. Os torcedores não compreendem e acabam cobrando o Caixinha e a nós. Mas isso é algo positivo. Acredito que se a torcida do Red Bull Bragantino tivesse esse apoio, poderíamos alcançar grandes conquistas e melhorar bastante. É preciso sair dessa zona de conforto. Eu costumo dizer aos jogadores que aqui, entre aspas, vivemos em uma certa tranquillidade. Já fomos eliminados de campeonatos e poderíamos ter o apoio da torcida ao nosso lado. Contudo, em certos momentos, é difícil entender a situação. Você está vencendo o jogo e a torcida ainda insiste em criticar, dizendo que o time é uma vergonha? Sabemos que a fase não é boa e que a paciência da torcida é curta.

Caso eu tenha desrespeitado a torcida e eles tenham essa percepção, peço desculpas. Já me manifestei sobre isso nas minhas redes sociais. Contudo, o meu gesto foi apenas uma forma de aplaudir o que eles estavam contestando no campo.

Você mencionou que a campanha deste ano é semelhante à de 2022. Poderia detalhar quais equívocos estão se repetindo e quais aspectos permanecem os mesmos? E como você justificaria a diferença entre 2023 e 2024?

Jadsom: Para você perceber, em 2021, participamos de um grande torneio e chegamos à final da Sul-Americana. No ano seguinte, tivemos uma queda e enfrentamos o processo que estamos vivendo atualmente. No ano passado, lutamos para conquistar o título da Série A. Agora, estamos enfrentando novamente a mesma situação que em 2022. Portanto, temos visto essa instabilidade. Acredito que a principal diferença este ano está nas conversas internas, focadas nos detalhes. Esses detalhes são essenciais para o nosso desempenho em campo. A equipe continua praticamente a mesma, mas alguns jogadores estiveram machucados. Há dois meses, contamos com a presença de oito ou dez atletas do sub-23 para completar o time, pois metade da equipe estava lesionada. É claro que os que estão aqui precisam assumir a responsabilidade. O que percebo como mudança entre 2022 e 2024 é que as equipes estão com um nível muito mais elevado, com investimentos maiores. Os times menores não querem ser rebaixados para a Série B. Ninguém deseja cair para a Série B. Ao contrário de 2022, quando não havia tantas equipes investindo pesado, este ano é diferente. Acredito que os próximos anos seguirão essa mesma linha. A partir deste campeonato, será sempre assim. Se no primeiro turno você não entrar focado, vai enfrentar essa instabilidade, porque o segundo turno, meu amigo, é isso: é lutar e conquistar pontos.

Atletas do Bragantino se juntam durante o confronto com o Juventude — Imagem: Ari Ferreira/Red Bull Bragantino

Devido à grande quantidade de lesões em nossa equipe e à participação na Copa do Brasil e na Sul-Americana, fomos eliminados de ambos os torneios em um intervalo de duas semanas. Não tínhamos opções para substituições, pois estávamos focados no Campeonato Brasileiro, e o tempo para treinos era escasso. O número de atletas machucados foi elevado. Em diversas partidas, o que nos prejudicou foram pequenos detalhes e falhas de nossa parte, resultando na perda de pontos que deveríamos ter conquistado. Muitos desses pontos poderiam ter sido assegurados em nossos jogos em casa.

Como você avalia o projeto, considerando que está aqui há alguns anos? E qual a sua opinião sobre a contratação do Klopp pelo grupo Red Bull?

Jadsom: Receber uma notícia como essa anima não apenas os jogadores, mas também a comissão técnica e todos ao redor. É uma pessoa que fala por si só, conquistou tudo ao longo da carreira. Sem dúvida, sua presença será benéfica para o Red Bull de maneira geral. Espero que ele possa estar aqui para contribuir, oferecendo conselhos e apoio. É alguém que alcançou inúmeras vitórias na vida.

Jurgen Klopp aceita a posição de Diretor de Futebol na Red Bull — Imagem: Divulgação / Red Bull

Não me considero uma pessoa com muita experiência. Tenho 23 anos e estou em busca do meu espaço. Nunca prejudiquei ninguém para chegar onde estou. A impressão de que sou experiente vem das vivências que tive ao longo da minha vida. Desde os 13 anos, busquei meu sustento. Tenho origens no Nordeste e jamais imaginei que iria participar de um projeto tão incrível como o Red Bull Bragantino. Passei por momentos difíceis no Cruzeiro, experiências que não quero repetir. Hoje, sou grato ao Red Bull Bragantino e ao Thiago Scuro, com quem trabalhei no Cruzeiro e que tive a chance de trazer comigo. Estou muito feliz e acreditei no projeto. É uma iniciativa que permite competir contra grandes times e enfrentar diversos jogadores no Campeonato Brasileiro. Realmente é um sonho realizado viver tudo isso. No meu primeiro ano aqui, chegamos à final da Sul-Americana. Isso me motiva e confirma que estou no caminho certo.

Certamente, desejo conquistar um título com o Red Bull e transmitir à torcida que Jadsom fez história em Bragança. Contudo, se os troféus não vierem, meu objetivo é deixar uma boa impressão. A torcida pode ter certeza de que pode contar comigo. Reconheço que não posso contar com alguns jogadores, mas isso é algo comum no futebol. Sempre busquei ser aquele atleta que dá o melhor de si em campo e apoia seus colegas.

O Bragantino ocupa a terceira posição entre os times com o pior desempenho como visitante. Que discussões estão sendo feitas a respeito para buscar melhorias nestas últimas partidas?

Jadsom: A primeira final começa já no próximo jogo, que será fora de casa. Este é o nosso primeiro desafio. Nos últimos confrontos, a equipe tem conversado bastante entre si. Temos plena consciência de que nossa atuação como visitantes tem sido a pior e essa é uma das principais cobranças do treinador Caixinha. Precisamos manter a mesma intensidade que mostramos em casa também fora de nossos domínios. Reconhecemos a dificuldade de jogar longe de casa, assim como os times que enfrentam dificuldades quando vêm jogar aqui conosco. Eles sentem o peso de atuar no Nabi, enfrentando o Red Bull Bragantino. Precisamos ser astutos, especialmente neste momento. Como mencionei, em jogos fora de casa, cada detalhe conta. Se não estivermos atentos a esses aspectos, infelizmente, seremos punidos. O futebol brasileiro é bastante dinâmico. Quando jogamos fora e temos a primeira chance de definir a partida, é essencial aproveitar essa oportunidade, pois o adversário também terá as suas, ainda mais contando com o apoio da torcida.

Jadsom durante uma sessão de treinamento do Bragantino — Imagem: Ari Ferreira/Red Bull Bragantino

No último jogo, conseguimos cuidar bem dos detalhes. Não enfrentamos o mesmo sofrimento de antes. O primeiro tempo que realizamos contra o Palmeiras foi incrível. Considerando o momento que estamos atravessando, acredito que foi um dos nossos melhores jogos até agora, especialmente na primeira metade. Precisamos encarar essa partida contra o Palmeiras como uma fonte de motivação para buscarmos a vitória no Barradão e encontrarmos nosso rumo fora de casa. Acredito que a camisa do Red Bull Bragantino merece um pouco mais de consideração. Precisamos nos manifestar mais a respeito disso e nos entregar de corpo e alma. Sabemos que em casa nosso torcedor estará ao nosso lado. O que conseguimos fazer aqui, devemos repetir fora de casa para conquistarmos os três pontos. É fundamental começar isso já no próximo jogo, pois é assim que funciona o campeonato. Não há mais tempo para oscilações. Precisamos pontuar o quanto antes para sairmos dessa situação rapidamente.

A atitude que a equipe demonstrou diante do Palmeiras deve ser preservada ao longo do restante do campeonato?

Jadsom: Sim. É a motivação que precisamos extrair dessa partida. Esse jogo gera confiança. Acredito que não estávamos desempenhando nosso futebol da forma que a torcida espera. Sempre que jogamos no Nabi, sabemos como controlar a partida e colocar nossos adversários em dificuldade defensiva. Nosso time é bastante agressivo quando está jogando em casa. Estou certo de que todos os jogadores, após o jogo contra o Palmeiras, sentiram uma sensação positiva, percebendo que somos capazes. Enfrentar a melhor equipe do campeonato, que considero a principal a ser superada por ser bicampeã, traz uma confiança que não estávamos experimentando ao longo do torneio. Precisamos resgatar essa confiança. Nosso time é bom; teoricamente, a equipe é a mesma, mas falta um pouco de crença em si mesmos. Precisamos restaurá-la. Para conquistar vitórias fora de casa, é essencial ter confiança e acreditar primeiramente em si mesmo. Se eu, Jadsom, não acreditar em mim mesmo, as coisas podem não acabar bem. O futebol é isso, é um processo de autocrítica. Conversamos bastante, mas, como sempre digo, viver de conversa não basta; temos que mostrar resultados em campo. É isso que devemos fazer.

Eu não me concentro na parte inferior da tabela. Costumo dizer a todos que acredito que estamos carregando uma pressão desnecessária. Temos uma grande estrutura, uma empresa que investe bastante em nós, uma equipe sólida, composta por jovens talentos que precisam se esforçar ao máximo, mas é necessário deixar de lado a mentalidade juvenil. Aqui, todos são homens, e isso precisa mudar. Meu ponto de transformação sempre foi olhar para cima, nunca para baixo. Comento com todos: se começarmos a nos atentar ao que está abaixo, estaremos cultivando pensamentos negativos. Precisamos focar em conquistar nossas vitórias, tanto fora quanto dentro de casa, e atuar como um time grande. Desde o início do campeonato, muitos diziam que o Bragantino estaria entre os oito primeiros. É assim que percebo o torneio até agora. Devemos olhar para cima, mas, é claro, o alerta está aceso. Já falamos sobre isso. A situação já está complicada e não há como voltar atrás. Ser negativo só trará mais coisas ruins para nós. Acredito que, no jogo contra o Palmeiras, conseguimos ter confiança em cada um que estava em campo. Coletivamente, fomos muito bem. Precisamos recuperar a nossa vaga na Sul-Americana, que é o nosso primeiro objetivo agora. Depois, vamos passo a passo, pensando em uma possível classificação para a pré-Libertadores. Muitos times brasileiros podem abrir espaço no G-8 e G-6; acredito que isso vai acontecer. Essa vaga representa esperança para os nossos colegas. Não falo isso para todos, pois não sou próximo de todos os jogadores. Nos damos bem, mas não sou do tipo que visita a casa de cada um. É nas interações diárias, como durante o café da manhã no clube, que começamos a discutir as questões. Nossa mentalidade precisa ser positiva. Precisamos mirar para cima, mesmo sabendo que o alerta está ligado. Não podemos esquecer disso, mas devemos olhar adiante. O Red Bull Bragantino não merece estar em uma situação como essa. Se, por acaso, cairmos para a Série B, muitas pessoas sofrerão as consequências.

Há uma chance de confrontar o Alerrandro (desde que o Vitória quite a multa rescisória), um jogador que vocês já conhecem e que está em uma fase positiva atualmente. Qual é a sua visão sobre essa eventual disputa?

Jadsom: Não temos certeza se o Alê vai jogar. Ele ainda pertence ao nosso clube, mas está emprestado. As condições ainda são indefinidas. Entretanto, fico contente pelo Alerrandro. Desde o tempo em que trabalhamos juntos aqui, pude perceber que ele é uma pessoa dedicada e que se cobra bastante. Atualmente, ele está vivendo um dos melhores momentos de sua carreira, sem dúvida, marcando gols incríveis. Ele realmente merece todo o reconhecimento, considerando que foi muito criticado por parte da torcida. Ele teve seu momento no Red Bull Bragantino e nos ajudou bastante. Enfrentar o Alerrandro no jogo contra o Vitória, que sabemos que será desafiador, requer uma mentalidade como a de uma final de Copa do Mundo. Não sei como será a situação dele, mas, se tivermos a chance de enfrentá-lo, espero que nossos zagueiros consigam controlá-lo e que eu, como volante, possa apoiar na defesa e trazer segurança ao ataque do Vitória.

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