Brava Energia (BRAV3): Ações afundam 10% com paralisação de produção

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BRAV3

As ações da Brava Energia (BRAV3) - resultado da fusão entre Enauta e 3R Petroleum - despencam mais de 10% na bolsa nesta quinta-feira (19).

BRAV3 - Figure 1
Foto Terra

As ações da Brava caíram em função de uma informação considerada desfavorável pelo mercado: a empresa decidiu estender o tempo de interrupção em um de seus campos de extração.

De acordo com o comunicado importante da empresa, haverá uma manutenção no FPSO Papa-Terra que estava planejada para os próximos meses. Desta forma, a reinício da produção foi adiada para o início de dezembro.

Desde 4 de setembro, a produção do Papa-Terra está suspensa em decorrência de uma determinação da Agência Nacional do Petróleo (ANP).

Na ocasião do pedido, a agência requisitou informações sobre a conservação do ativo e a quantidade de pessoas a bordo.

Analistas da XP ressaltam que o evento é desfavorável para a BRAV3.

"Em nossa perspectiva, a divulgação de um prazo é positiva, já que diminui a incerteza. Contudo, pensamos que a interrupção será mais prolongada do que o mercado projetava inicialmente. Ademais, acreditamos que o mercado seguirá monitorando o risco de novos atrasos", afirma a instituição.

"Acreditamos que a reinicialização da produção em Papa-Terra e o lançamento da FPSO Atlanta são os principais motores para a geração de valor e a expansão da produção da Brava. Esperamos que essas iniciativas se concretizem em um intervalo de tempo relativamente breve, com a operação em Papa-Terra prevista para dezembro e a obtenção do primeiro petróleo da FPSO Atlanta, a nosso ver, entre o final de outubro e novembro."

Analistas do Bradesco BBI também destacaram que a extensão do intervalo de suspensão decepcionou o mercado.

Fato Relevante Da Brava Energia

No documento submetido à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a empresa declarou: "Após a parada programada da produção, que teve início em 27 de julho, as atividades foram retomadas em 29 de agosto, alcançando uma produção estabilizada de 15 mil barris diários, utilizando seis poços (PPT-12, PPT-16, PPT-17, PPT-22, PPT-37 e PPT-50). A pedido da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a empresa suspendeu a produção em 4 de setembro para fornecer esclarecimentos sobre o número de pessoas a bordo e sobre as atividades de manutenção."

Nesse cenário, a Companhia decidiu progredir com as atividades de verificação e manutenção que estavam agendadas para os próximos meses, mantendo as unidades em inatividade programada, visando otimizar a segurança operacional do ativo, acrescentou a Brava Energia.

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