Milei anuncia que Argentina não participará do Brics

Brics

Na sexta-feira, 29 de janeiro, o Governo argentino divulgou que enviou uma carta aos países que compõem o Brics, comunicando que não deseja participar do grupo de nações em desenvolvimento, considerando essa participação inoportuna. O Brics é formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. A carta foi assinada pelo presidente Javier Milei, que tomou posse na Casa Rosada em 10 de dezembro.

Durante a cúpula do Brics, realizada em agosto, em Johanesburgo, África do Sul, foi acertada a entrada da Argentina no grupo. Na ocasião, o país era liderado por Alberto Fernández. Se Milei não tivesse desistido, a Argentina se juntaria ao Brics em 1º de janeiro de 2024.

A missiva de Milei foi dirigida não somente ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas também aos líderes Cyril Ramaphosa, da África do Sul; Xi Jinping, da China; Vladimir Putin, da Rússia; e ainda ao primeiro-ministro indiano, Narendra Modi.

Milei justifica sua recusa em aderir ao grupo, alegando que "vários aspectos da política externa atual divergem da gestão anterior".

Apesar disso, a epístola destinada ao Brasil, o principal aliado comercial dos argentinos, reafirma o compromisso do governo nacional em reforçar as relações bilaterais, sobretudo com o aumento das transações comerciais e dos aportes financeiros.

Durante a reunião em Johanesburgo, ocorrida no Egito, foram aprovadas as candidaturas da Etiópia, Arábia Saudita, Irã e Emirados Árabes Unidos para integrarem o grupo Brics a partir de 2024.

No momento, o ex-presidente Fernández declarou que a Argentina almejava integrar o Brics, já que o ambiente internacional complicado conferia ao grupo uma relevância singular, tornando-se uma referência essencial em termos geopolíticos e financeiros.

A formalização de Milei não é inesperada. Em 30 de novembro, dez dias antes da posse do presidente eleito, a então futura ministra das Relações Exteriores, Diana Mondino, divulgou no antigo X (Twitter) "Não nos uniremos ao grupo Brics".

Criado em 2006, o grupo Brics abriga aproximadamente 3,2 bilhões de indivíduos. Os países que o compõem apresentam um Produto Interno Bruto (PIB - soma das riquezas produzidas em bens e serviços) avaliado em US$ 24,7 trilhões.

Consoante às projeções apresentadas pelo Banco Mundial, o Produto Interno Bruto (PIB) chinês alcançou um patamar de US$ 17,7 trilhões no ano de 2022, fatigando como o segundo maior do mundo. De outro modo, inforprevê-se que a Índia surgiu em sexto lugar, registrando um valor de US$ 3,17 trilhões, ao passo que a Rússia aparece em décimo primeiro, com US$ 1,7 trilhão, o Brasil em duodécimo lugar, com US$ 1,6 trilhão e, por fim, a África do Sul em trigésimo segundo lugar, com US$ 419 bilhões.

Com base em relatos da Telam, a agência de notícias estatal da Argentina.

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