Milei diz em carta a Lula que não vai aderir ao Brics; Brasília fala em 'zero surpresa'

Brics

Se decidisse aceitar o convite, a confirmação oficial da participação da Argentina seria efetuada a partir do início de 2024.

Em 22 de dezembro, a missiva foi recebida em Brasília e, ademais, compartilhada com as autoridades das demais nações que compõem o grupo Brics.

De acordo com informações fornecidas por autoridades do governo brasileiro à GloboNews, a postura de Buenos Aires não foi uma surpresa em Brasília. Em novembro, a Ministra das Relações Exteriores da Argentina, Diana Mondino, já havia afirmado que seu país não se juntaria ao bloco.

A missiva enviada pelas autoridades argentinas aos brasileiros, recusando o convite para ingressar no Brics em 22 de dezembro de 2023, foi reproduzida em imagem.

A ilustração demonstra a posição geográfica dos seis países convidados para ingressarem no grupo Brics — Imagem: Design g1

Durante a mais recente reunião do Brics em agosto de 2023, os participantes do grupo chegaram a um consenso de expansão do bloco, que já vinha sendo debatido há algum tempo.

O presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, compartilhou que o grupo selecionou seis países para serem formalmente convidados a se juntarem como novos membros. São eles: Argentina, Egito, Irã, Etiópia, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos.

A discussão acerca da ampliação do grupo Brics foi o foco principal dos encontros em Joanesburgo.

Os seis países escolhidos deverão atender a certas exigências para se tornarem membros do grupo a partir de 1º de janeiro de 2024.

Milei revela uma nova proposta que engloba mudanças significativas.

Milei rejeitou as propostas no momento em que o presidente da Argentina enfrenta obstáculos para aprovar duas séries de reformas que foram anunciadas recentemente.

Juntos, os dois conjuntos - o Decreto de Necessidade e Urgência e a "Lei Ómnibus" - têm mais de mil disposições, incluindo aquela que retira mais de 5 mil servidores públicos do trabalho, e concedem mais autoridade ao chefe de Estado, ao permitir que ele declare estado de emergência em várias regiões do território nacional.

Segundo a análise dos meios de comunicação da Argentina, a carta na qual Milei rejeita ser parte do Brics é uma maneira de ele priorizar a situação crítica interna.

Os Brics divulgaram a inclusão de novas nações: Argentina, Irã, Arábia Saudita, Egito, Etiópia e Emirados Árabes Unidos.

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