Deputada Carol Dartora diz que sofreu ataque racista e ameaça de morte
A deputada federal Carol Dartora (PT-PR) revelou ter sofrido ataques de cunho racista e ameaças de morte. Em uma de suas redes sociais, Carol afirmou que as intimidações aumentaram nos últimos dias, acompanhadas do envio de e-mails que visam "silenciar" e "amedrontar". As correspondências foram enviadas à Polícia Federal (PF), ao Ministério Público Federal (MPF) e à Polícia Legislativa da Câmara dos Deputados.
"Esta semana, recebi mais um e-mail ameaçando minha vida, sendo mais uma tentativa de me silenciar e intimidar", afirmou a deputada em sua conta na rede social X, na última sexta-feira (1°). "Assumir uma posição de poder como mulher negra é, diariamente, um ato de resistência. Desde o começo da minha jornada como deputada federal, comprometi-me a enfrentar desafios e batalhar por justiça social, direitos humanos e inclusão para todas as pessoas", completou.
Carol revelou que estava ciente dos perigos que sua militância política poderia trazer e permanece resoluta, apesar de o custo dessa batalha ter sido elevado, árduo e, frequentemente, desumano. "Nos últimos meses, tenho enfrentado diversas ameaças de morte, insultos racistas e mensagens de ódio – expressões repletas de violência que além de machucar, colocam em perigo a minha vida", desabafou.
De acordo com a parlamentar, as ameaças e a agressão que vem enfrentando têm impactado também seus familiares e amigos, que enfrentam o dia a dia com ansiedade, temendo o que pode ocorrer. "Essa violência política é desumana, insuportável – e me causa sofrimento", declarou.
A parlamentar afirmou que ninguém deveria enfrentar esse tipo de situação, temendo por sua vida ao exercer o direito de representar a sociedade. "Nenhum indivíduo deveria passar por isso apenas por defender o direito de representar o povo e lutar por uma nação mais justa, onde as diversidades são respeitadas e valorizadas", completou.
“Cada ataque reforça o quanto nossa presença e voz provocam desconforto, mas também o quanto são essenciais. Diante dessa tentativa de tortura psicológica, percebo a necessidade urgente de políticas públicas que enfrentem a discriminação e protejam aqueles que se dispõem a lutar por um país melhor. Não recuaremos. A resistência é o que nos trouxe até aqui e é ela que nos levará adiante. Mesmo sob uma pressão imensa, permanecemos firmes, lembrando que cada ato de bravura e cada palavra em defesa da justiça alimentam a esperança de uma sociedade onde todos possam viver sem temor, com dignidade e respeito”, destacou a deputada em uma nota publicada nas redes sociais.