Declaração do Carrefour reconhece alta qualidade da carne brasileira, diz ministério | CNN Brasil

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O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) fez uma declaração nesta terça-feira (26) a respeito do pedido de desculpas do grupo Carrefour em relação à afirmação do CEO da companhia, Alexandre Bompard, que questionou a qualidade da carne proveniente da América Latina.

Em comunicado, o ministério enfatiza que a carta destaca "a excelência, a conformidade com as regulamentações e o paladar da carne produzida no Brasil".

"Por meio de um rigoroso sistema de defesa agropecuária, que coloca o Brasil como o maior exportador global de carne de aves e bovina, o Mapa reafirma os altos padrões de qualidade, sanidade e sustentabilidade da produção agropecuária no país", afirma o comunicado.

O ministério comentou também que está empenhado em "esclarecer os acontecimentos" para evitar que afirmações "incorretas" gerem incertezas sobre a qualidade da produção agrícola e pecuária do Brasil.

O ministério destacou que a área possui um compromisso com uma das normas "mais estritas" do mundo.

O comunicado é uma resposta a Bompard, que declarou que a organização não irá mais vender a carne do Mercado Comum do Sul (Mercosul).

A escolha do CEO do conglomerado francês foi uma reação ao setor agrícola da França, que se opõe ao acordo comercial entre Mercosul e União Europeia.

Nesta terça-feira (26), o Carrefour emitiu um pedido de desculpas em razão das declarações feitas pelo seu CEO. A mensagem foi direcionada ao ministro Carlos Fávaro.

O grupo defendeu a escolha de Bompard ao afirmar que a meta é garantir aos agricultores franceses a "sustentabilidade" do apoio da empresa e das aquisições realizadas localmente, mas continuarão adquirindo produtos dos produtores brasileiros.

“Estamos cientes de que a agricultura brasileira oferece carne de excelente qualidade, conforme as regulamentações, além de ter um sabor reconhecido. Caso a comunicação do Carrefour na França tenha causado confusão e sido vista como um questionamento sobre nossa colaboração com a agricultura brasileira ou como uma crítica a ela, pedimos desculpas”, afirma o documento.

A escolha da rede de varejo de suspender a venda da carne proveniente do Mercosul gerou reações por parte do governo federal, além de provocar a manifestação de vários representantes do setor.

Desde a semana passada, alguns frigoríficos começaram a informar a interrupção da comercialização de produtos alimentícios para a rede de supermercados na França.

Uma das companhias que optou por boycotear o Carrefour foi a Friboi, marca pertencente à JBS. Essa empresa é responsável por aproximadamente 80% das carnes comercializadas pelo grupo.

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