Ceará avança na construção do Plano Estadual para População em Situação de Rua - Secretaria da Proteção Social

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Ceara

Encontro Governo Ceará: Plano Para População De Rua

Assessoria de Comunicação da Secretaria de Estado de Segurança Pública. Escrito por Carolina Parente. Fotografias feitas por Mariana Parente.

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Foto SPS

O Estado do Ceará está avançando na elaboração do primeiro Plano Estadual para a População em Situação de Rua no Brasil. Na terça-feira (20), ocorreu o último encontro de debates regionais no anexo da Secretaria da Proteção Social, localizado no Centro de Fortaleza, marcando o encerramento da etapa de escuta e discussão das propostas. O documento será avaliado agora pelo Conselho Estadual de Garantia de Direitos para a População em Situação de Rua e Superação de Rua (Cepop). Elaborado pela Secretaria da Proteção Social (SPS) em parceria com o Cepop, o plano tem como objetivo transformar as necessidades identificadas em ações práticas e sustentáveis, proporcionando uma abordagem ampla para apoiar e promover a superação da população em situação de rua.

Lidiane Rebouças, secretária-executiva de Cidadania e Políticas sobre Drogas da SPS, enfatizou a relevância das reuniões regionais. Ela mencionou a realização de encontros em diversas regiões do Ceará, como na Grande Fortaleza, Sobral e no Cariri. Para Lidiane, essas reuniões foram fundamentais para compreender as necessidades reais da população que vive nas ruas e para elaborar um plano eficaz para o Estado. A secretária também destacou que as situações de pessoas em situação de rua são resultantes de diversos fatores, sendo crucial oferecer apoio e recursos para que possam superar essa condição. "Existem diversos motivos que levam alguém a viver nas ruas, por isso é essencial disponibilizar meios para que essas pessoas consigam superar essa situação difícil", afirmou Lidiane.

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Foto SPS

Ramon Cardoso, que saiu da situação de rua e agora representa o Movimento Nacional da População em Situação de Rua (MNPR) e é conselheiro do Cepop, destaca que, apesar dos progressos recentes, ainda há muito a ser feito. "Mesmo que tenhamos avançado, é fundamental continuar a desenvolver essas iniciativas e fortalecer a parceria entre o governo federal, as prefeituras e as organizações da sociedade civil", observou Cardoso. A questão da moradia, vista como a principal necessidade desse grupo, é considerada a base para a implementação de outras políticas, como segurança alimentar e saúde mental. "Nossa principal demanda é por moradia imediata. Sem um local seguro para morar, políticas de segurança alimentar, saúde mental e oportunidades de emprego não podem ser eficazes. Não adianta apenas oferecer tratamento gratuito no CAPS (Centro de Atenção Psicossocial) se a pessoa ainda está vivendo nas ruas", acrescentou. Mariana Sales, enfermeira e coordenadora de Interlocução Interinstitucional da Secretaria Executiva de Cidadania e Políticas sobre Drogas da SPS, ressaltou a importância da integração das ações propostas. "O documento que será proposto e posteriormente divulgado tem como objetivo garantir um atendimento humanizado e especializado para essa população. Esperamos alcançar um impacto positivo com um plano construído a partir do diálogo com a população, que não busca apenas reduzir o número de pessoas em situação de rua, mas também oferecer alternativas que promovam a autonomia do indivíduo e a superação através da garantia de direitos e acompanhamento psicossocial", explicou Mariana.

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Foto SPS
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