Brasil terá acordo com China para exportar miúdos de suínos e bovinos, além de frutas | CNN Brasil
Na próxima quarta-feira (20), Brasil e China selarão acordos para aumentar as exportações brasileiras de itens como miúdos de bovinos e suínos, bem como frutas, afirmou o ministro da Agricultura do Brasil, Carlos Fávaro, a repórteres nesta segunda-feira (18).
Ele anunciou que as negociações com a China ocorrerão após um encontro com o presidente chinês, Xi Jinping, em Brasília.
O ministro ressaltou que a China tornou-se um dos principais destinos para a carne brasileira, especialmente no que diz respeito aos cortes de carne bovina. Contudo, o Brasil agora está prestes a obter acesso ao mercado de vísceras.
"Os procedimentos que já foram finalizados (para divulgação) envolvem miúdos de bovinos e suínos. O Brasil ainda não envia miúdos para a China, mas os requisitos sanitários já estão estabelecidos", afirmou ele aos repórteres.
Ele observou que o governo brasileiro possui uma “nova relação” de autorizações de frigoríficos para exportar para a China, mas isso pode ser adiado.
“Já superamos todos os recordes de fábricas de refrigeração. A nova relação será divulgada em breve, mas pode não acontecer na quarta-feira.”
Nas frutas, Fávaro identifica um grande potencial para comercializar produtos com valor agregado.
“O contrato de frutas com a China está prestes a ser concretizado e cobre os custos, viu! Isso é excelente. Já vendemos uma certa quantidade de frutas para os chineses e agora vamos comercializar ainda mais”, disse ele, ressaltando que um quilo de uva no mercado chinês tem um valor significativamente maior do que no Brasil.
Durante as reuniões do G20, realizadas no Rio de Janeiro, Fávaro expressou sua confiança de que um entendimento entre o Mercosul e a União Europeia será firmado em breve.
Durante a reunião bilateral de ontem entre o presidente Lula e Ursula von der Leyen (presidenta da Comissão Europeia), discutimos sobre a União Europeia e o Mercosul. Os progressos são bastante promissores para que se chegue a um desfecho positivo, e as expectativas permanecem elevadas para a assinatura desse acordo, que será extremamente benéfico para o Brasil, o Mercosul e a comunidade europeia”, declarou.
"Jamais estivemos tão próximos de concretizar esse protocolo."
Ele recordou a resistência da França, no entanto. "Os franceses estão protegendo os interesses dos agricultores locais, que certamente percebem nos produtores brasileiros uma maior eficiência e competitividade."
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