Mês da Consciência Negra: série de reportagens apresenta trajetórias de professores negros da Ufes

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Consciência Negra

Quantos docentes negros estiveram presentes na sua formação de graduação? Quantos pesquisadores negros supervisionaram seus estudos na pós-graduação? Com que frequência você encontrou figuras negras na mídia discutindo temas que vão além das questões raciais?

Com base nessas indagações, equipes da Secretaria de Ações Afirmativas e Diversidade (Saad), do Núcleo de Estudos Afro-brasileiros (Neab) e da Secretaria de Comunicação (Secom) se juntaram em uma iniciativa conjunta. O intuito é apresentar alguns docentes da Ufes que se autodeclaram negros e discutir com a comunidade acadêmica e a sociedade capixaba a importância da população negra na história da Universidade, assim como a variedade de suas áreas de pesquisa.

Essa iniciativa ocorre no ano em que, pela primeira vez, o Dia da Consciência Negra (20 de novembro, em homenagem a Zumbi dos Palmares) se torna um feriado nacional. Ademais, faz parte das celebrações pelos 70 anos da Ufes. Os docentes serão apresentados por meio de entrevistas em vídeo, que serão veiculadas nas redes sociais da Universidade, no canal Ufes Oficial no Youtube e em matérias divulgadas neste portal.

A série especial tem como objetivo explorar relatos e recordações tanto pessoais quanto coletivas sobre as ações e batalhas lideradas pela militância negra e pelas organizações afrodescendentes no Espírito Santo. De acordo com informações fornecidas pela Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas (Progep), a Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) atualmente possui 1.755 docentes distribuídos em seus quatro campi, dos quais 419 (23,8%) se identificam como pretos ou pardos.

O secretário de Ações Afirmativas e Diversidade, Gustavo Forde, idealizador do projeto, afirma que a África é um berço de ciência e tecnologia. Portanto, é fundamental reposicionar e aumentar a visibilidade do conhecimento gerado pelas pesquisas acadêmicas, científicas e tecnológicas dos pesquisadores negros da Instituição. "Neste mês em que celebramos a memória de Zumbi dos Palmares, a contribuição socioeconômica e cultural do Quilombo dos Palmares e os 70 anos da Ufes, é essencial dar destaque à produção científica realizada por descendentes de africanos e afro-brasileiros em nossa Universidade", enfatiza.

A história de Forde é, na verdade, a que inicia a série de matérias do portal da Ufes na terça-feira, dia 5. As publicações ocorrerão semanalmente, sempre às terças e quintas-feiras, até o final de novembro.

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