Professora aponta racismo em campanha do Conselho de Medicina da Bahia

23 horas voltar
Cremeb racismo

Uma campanha promocional do Conselho Regional de Medicina da Bahia (Cremeb) gerou polêmica nas redes sociais depois que a professora Bárbara Carine compartilhou um vídeo analisando o material. De acordo com a escritora, a campanha perpetua estereótipos racistas ao vincular a imagem de uma mulher negra à representação de uma “falsa médica”.

O material publicitário, instalado em um outdoor na Avenida Centenário e em uma estação de metrô, mostra uma mulher negra ao lado de outra pessoa, ambas trajando vestes de médicas, com a frase: “Uma delas é falsa. Se tiver dúvidas, consulte o Cremeb”. A crítica de Bárbara rapidamente se tornou viral, somando mais de 750 mil visualizações e gerando 2,6 mil comentários, a maioria deles questionando a estratégia utilizada na campanha.

Deseja Assinar Nossa Newsletter?

Principais Notícias Sobre A População Negra

Em sua avaliação, Bárbara destacou que nunca viu indivíduos negros tentando se passar por médicos sem a devida formação, mas mencionou que com frequência observa pessoas brancas utilizando sua aparência e status social para enganar os outros. Para ela, a campanha do Cremeb reforça estereótipos racistas que duvidam da capacidade de profissionais de saúde negros. "Essa estratégia publicitária estimula ideias racistas e perpetua uma visão coletiva distorcida", declarou a professora.

Em resposta à repercussão, o Cremeb afirmou ao portal G1 que a campanha possui três variações distintas, nas quais também estão presentes pessoas brancas, incluindo um homem e uma mulher. De acordo com a entidade, a intenção era representar a diversidade da sociedade.

"Destacamos que aqueles que atuam de maneira irregular na medicina estão presentes em todas as etnias, raças, gêneros e idades. A campanha reflete a diversidade da nossa sociedade e busca conscientizar a todos sobre a importância de escolher cuidadosamente quem cuida da sua saúde", afirmou em comunicado ao g1.

O Conselho Regional de Medicina da Bahia foi contatado pela Alma Preta para fornecer uma declaração, mas não enviou respostas até a conclusão deste texto.

Ler mais
Notícias semelhantes
Notícias mais populares dessa semana