Quem é o presidente da Croácia, que Lula recebe nesta segunda (3), em Brasília | CNN Brasil

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Croacia

Nesta segunda-feira (3), o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), irá realizar uma reunião bilateral com Zoran Milanović, presidente da Croácia. O encontro está agendado para ocorrer em Brasília.

A agenda abarcará tópicos como comércio e pistas para colaboração em áreas como instrução, cultura, energia e ciência, tecnologia e renovação.

No que tange à agenda internacional, os chefes de Estado precisam discutir igualmente questões como o conflito na Ucrânia, o impasse na região palestina de Gaza e o estado da situação nos países dos Balcãs.

Além da visita à capital federal, o líder croata também planeja fazer escalas em Rio de Janeiro e São Paulo.

Com uma formação em Direito, Milanović obteve vitória nas eleições presidenciais ocorridas entre 2019 e 2020, o que o fez conquistar o quinto lugar como presidente da República da Croácia.

O mandatário croata foi selecionado através do Partido Social Democrata da Croácia (SDP), que é um representante da posição política de centro-esquerda. Durante o período de 2007 a 2016, o líder do Estado da Croácia ocupou o papel de presidente da organização partidária.

Milanović ocupou o cargo de primeiro-ministro do país europeu antes de ser eleito presidente da República. Ele permaneceu nessa posição de 2011 a 2016, enquanto a Croácia ingressou na União Europeia (UE).

Durante sua gestão como governante, a Croácia passou a reconhecer e apoiar o casamento entre indivíduos do mesmo gênero.

Com relação à guerra na Europa Oriental, Milanović tem sustentado a posição de que a Croácia permaneça afastada do confronto.

No ano passado, por volta do meio do ano, Milanović expressou seu temor em relação a um jogo altamente arriscado, em uma gravação da emissora pública HRT.

Caso a Ucrânia seja convocada para integrar a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), isso acarretará em conflito bélico contra a Rússia, complementou o interlocutor.

Na Croácia, o líder que é escolhido através de votação popular, seleciona um chefe de governo com base na maioria do parlamento.

As opiniões de Milanović frequentemente entram em conflito com as do líder do governo croata, o primeiro-ministro Andrej Plenković, que é de tendência política de centro-direita.

Milanović e Plenković trabalham juntos em questões relacionadas à política externa, mas devido às suas discordâncias ideológicas, às vezes acabam em desacordo.

Milanović tem expressado pontos de vista desfavoráveis quanto às atividades de Israel na região palestina da Faixa de Gaza.

Em um registro da HRT em outubro do ano passado, foi afirmado que o direito de autodefesa de Israel não implica um direito para exercer vingança e realizar massacres contra civis.

A discussão a respeito da Faixa de Gaza teve lugar depois que a Croácia votou contra a resolução, proposta pelas Nações Unidas, que solicitava uma interrupção imediata das ações de Israel visando um cessar-fogo.

O representante da Croácia na ONU votou de acordo com as instruções do governo croata, em oposição às ideias de Milanović, que era a favor da abstenção.

Milanović já rejeitou uma solicitação do governo croata para permitir que soldados da Ucrânia realizassem exercícios militares em solo croata, programados para ocorrer em 2022.

Em dezembro de 2022, Milanović registrou na emissora estatal HRT que a Croácia não possui nem terá nenhuma relação com o assunto. Ele afirmou que se trata de uma guerra entre os Estados Unidos e a Rússia.

Mauro Vieira, que é atualmente o ministro das Relações Exteriores, ocupou anteriormente o cargo de embaixador do Brasil na Croácia entre os anos de 2020 e 2022. Posteriormente, ele foi promovido para a posição mais alta no Ministério das Relações Exteriores, como seu líder mais importante.

No mês de fevereiro de 2023, Vieira e Milanović se encontraram na cidade de Zagreb, capital da Croácia, onde o presidente brasileiro foi convidado para uma visita oficial ao país.

É a estreia de um presidente croata em uma visita ao Brasil desde que a nação europeia se tornou independente da Iugoslávia em 1991.

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