Quem ganhou o debate à Prefeitura de São Paulo? Veja a análise dos colunistas do 'Estadão'

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Duelo Com Debates Acalorados E Troca De Farpas E Propostas Para Cidade

14 de agosto de 2024 - 13h40

Prefeitáveis de São Paulo debatem nesta quarta-feira, 14

Imagem: Captura de Felipe Rau através do jornal Estadão.

Nesta quarta-feira, dia 14, seis postulantes ao cargo de prefeito de São Paulo participaram de um debate organizado pelo Estadão, pelo portal Terra e pela FAAP. Durante o evento, que abordou diferentes temas propostos pela organização, ocorreram confrontos intensos, debates acalorados e até mesmo troca de ofensas entre os candidatos. Diante disso, surge a pergunta: quem saiu vitorioso no debate, o segundo realizado entre os concorrentes nesta eleição? Confira a análise dos colunistas do Estadão.

Eliane Cantanhêde: Durante o debate, houve confronto entre personalidades e Tabata segue a trajetória de Simone Tebet em 2022.

Havia quatro candidatos à direita e um candidato à esquerda, com Tabata Amaral (PSB) no centro, seguindo a mesma estratégia de Simone Tebet (MDB) nas eleições presidenciais de 2022: ganhar visibilidade, construir uma imagem de seriedade e disciplina e se preparar para os desafios futuros. Tabata foi a candidata que mais apresentou propostas e mostrou maior conhecimento sobre as necessidades da cidade de São Paulo.

Por um lado, temos Ricardo Nunes (MDB), Pablo Marçal (PRTB), Datena (PSDB) e Marina Helena (Novo) com um discurso e propostas alinhadas ao ex-presidente Jair Bolsonaro, especialmente em relação à segurança pública, que é um tema central nestas eleições de Norte a Sul. Por outro lado, temos Guilherme Boulos (PSOL), apoiado pelo ex-presidente Lula e pelo PT, com Tabata como candidata independente.

Ricardo Corrêa: Tabata e Nunes têm uma proposta clara, e Boulos aceita o desafio proposto por Marçal para ganhar destaque viral.

A maioria dos concorrentes à Prefeitura de São Paulo conseguiu se adaptar perfeitamente à estratégia proposta para o debate organizado pelo Estadão, pelo Terra e pela FAAP. Cada um deles seguiu um caminho diferente, é verdade. Enquanto Tabata Amaral procurou salientar que possui uma abordagem mais propositiva e Ricardo Nunes buscou mostrar serenidade, Pablo Marçal repetiu a intenção de causar impacto com discussões e teatralidade. Guilherme Boulos aceitou o desafio de confronto, mas tentou manter uma postura mais combativa apenas contra o representante do PRTB. Marina Helena investiu em se apresentar como a única candidata da direita, enquanto José Luiz Datena permaneceu mais uma vez apagado, enfrentando dificuldades para equilibrar o tempo e se destacar em relação aos concorrentes. Ele não se envolveu em brigas e também não conseguiu apresentar propostas consistentes.

Fabiano Lana: Todos os candidatos tentaram desenvolver sua própria persona, mas a situação vai acabar em desavenças.

Com sua população superior a 12 milhões de pessoas, São Paulo é uma cidade complexa. Uma metrópole global que mescla opulência, pobreza, prédios de concreto, ruas asfaltadas, trânsito intenso e problemas com o tráfico de drogas. Diferentemente da cidade diversificada e misteriosa, os postulantes à prefeitura que participaram do debate realizado hoje pelo jornal Estado de S. Paulo em parceria com o portal Terra e a Fundação Armando Alvares Penteado tentaram se mostrar de forma específica e fechada, buscando ser reconhecidos pelos eleitores. Em meio a momentos de baixaria, parecendo uma briga de bar, veja o que cada candidato deixou transparecer.