Chineses menos gastadores no dia dos solteiros

Dia dos Solteiros

Segundo uma pesquisa realizada pela Bain & Company e acessada pelo Negócios, mais de 75% dos clientes chineses estarão preocupados com seus gastos durante o Dia dos Solteiros, que será comemorado neste sábado, 11 de novembro.

Uma pesquisa conduzida em diversas localidades da China apontou que a maioria dos compradores, 77%, tem intenção de economizar ou manter o mesmo padrão de gastos no Dia dos Solteiros.

Ademais, dentro do grupo completo de entrevistados, quase 50% declaram que pretendem buscar marcas mais econômicas ou de fabricação própria.

De acordo com a pesquisa, os indivíduos com menor poder aquisitivo, residentes em localidades pequenas e desprovidas de recursos, estão mais relutantes em fazer gastos durante este período de festividades. Em particular, isso se aplica tanto à geração dos "baby boomers" quanto à geração Z.

Talvez a questão em si seja geracional, pois essa inclinação persiste entre os consumidores da geração Z, que residem em cidades mais antigas e possuem maiores rendas, embora não tenham ainda alcançado o patamar econômico das gerações anteriores.

De acordo com o relatório da Bain & Company, a falta de confiança e as adversidades macroeconômicas continuam a desencorajar os consumidores a fazer compras.

A especialista adverte também que a competitividade gerada por acontecimentos semelhantes que vêm surgindo gradualmente desde a primeira vez que se comemorou o Dia dos Solteiros em 2009, pode estar promovendo esse sentimento de prudência entre os clientes chineses nessa data.

As vendas ao vivo são cativantes, mas ainda não superam o comércio eletrônico.

Com vistas a alavancar as vendas, os empresários chineses buscam aumentar a lucratividade dos seus negócios com o uso do comércio eletrônico em tempo real em plataformas de vídeos curtos, como Douyin e Kuaishou.

A técnica é tão extraordinária que a especialista afirma que "apesar de já ter se consolidado na China, as corporações ao redor do mundo estão acompanhando de perto sua evolução e desempenho".

Apesar disso, as mudanças revolucionárias ainda não foram evidentes nas finanças, ao fazer uma comparação dos resultados deste tipo de negócios em relação às plataformas tradicionais de distribuição, pois segundo a Bain & Company, "a despesa média por consumidor devido aos vídeos curtos ao vivo é notavelmente mais baixa, em relação às plataformas de e-commerce convencionais".

A consultora explica que há vários motivos que explicam esta questão, tais como a necessidade de melhorar a qualidade do atendimento ao cliente, a demora nas entregas, a inadequação do design de algumas aplicações e a falta de políticas de devolução que satisfaçam plenamente os consumidores.

Ler mais
Notícias semelhantes
Notícias mais populares dessa semana