Dia Mundial do Gato: Conheça as incríveis jornadas de Guibi, Pandora e Helena que escaparam da morte e ganharam 'vida nova'

Dia Mundial do Gato

O conceito se difundiu globalmente e afetou significativamente a existência de inúmeros animais. O portal G1 compartilha as vivências de três criaturas em particular: Guibi, Pandora e Helena.

Salvos pelo grupo voluntário Clube do Gato, de Brasília, eles evitaram seu falecimento e foram adotados em lares onde são muito queridos e retribuem com afeto e peculiaridades.

Guibi estava acompanhado por sua cuidadora, Renata.

Em maio do ano passado, um filhote de Guibi foi salvo em Águas Lindas de Goiás, localizada próxima ao Distrito Federal. Com aproximadamente dois meses de idade, o animal apresentava ferimentos graves em um dos olhos (confira o vídeo acima).

A organização sem fins lucrativos não tem conhecimento do que sucedeu. Visto que a lesão era bastante séria, esta entidade solicitou donativos para ver se conseguia salvar o olho, mas não obteve êxito. O Guibi acabou por perder mesmo o órgão.

Fotografia do felino conhecido como Guibi — Imagem: Registro particular

Assim se iniciou uma busca por um lar adequado para o filhote. Foi em julho de 2023 que a bióloga Renata Lobo deparou com a narrativa do gato em uma plataforma de mídia social.

Ela relata que sua primeira reação foi de comiseração e, sem pestanejar, resolveu ir atrás dele para fazê-lo companhia juntamente aos outros três animais de estimação que possuía em sua morada.

Pandora assume uma postura elegante para sua dona Maria Cristina - Imagem: Arquivo Pessoal

Pandora foi deixada à porta de uma casa em Ceilândia, Distrito Federal, e ao ser resgatada estava em um estado lamentável: arrastando-se pelo chão e exalando um cheiro nauseante proveniente tanto da região anal quanto genital. Infelizmente, ela havia sofrido um trauma no passado, possivelmente uma pancada, que a deixou com lesões graves na medula espinhal, afetando sua locomoção e causando incontinência tanto fecal quanto urinária.

A Associação Protetora de Animais Clube do Gato salvou uma gatinha, conhecida por ser bastante furtiva. Seu temor em relação aos humanos tornou mais difícil prover-lhe os cuidados essenciais. O processo de acolhimento parecia um empreendimento insolúvel. ????

Entretanto, ao publicar a narrativa da Pandora em uma plataforma online, prontamente surgiu uma notificação:

A ONG Clube do Gato se comunicou com a mulher para esclarecer que Pandora não estava disponível para adoção. De acordo com a organização, a felina é excessivamente assustada e sofre com problemas de incontinência urinária e fecal. A tarefa de colocar fraldas nela, por exemplo, e evita que ela faça suas necessidades pela casa é extremamente complicada. Dessa maneira, o Clube do Gato propôs que a mulher adotasse outra gata em vez de Pandora.

Em entrevista ao g1, Maria Cristina Rayol, candidata a tutelar, relatou que recentemente perdeu uma gata em decorrência de um fatal conflito entre o animal e o cachorro do vizinho. Ainda abalada pelo ocorrido, a tutora passou a busca por uma nova companheira para sua gata sobrevivente, que manifestava um sentimento de profunda tristeza com a perda da irmã.

A diplomata afirmou que estava interessada em adotar um filhote em um primeiro momento, mas após ter conhecimento da história da Pandora através de uma postagem do Clube do Gato, sentiu que seu coração foi conquistado.

Pandora recorda que houve tentativas de desencorajá-la. Ela não permitia que ninguém se aproximasse. No entanto, a diplomata perseverou até que a ONG finalmente aceitou a aproximação proposta.

No presente momento, Pandora aprecia descansar sobre o abdômen de sua cuidadora, é afetuosa e amistosa. Não obstante as complicações em suas costas, a felina de pelagem escura salta, escala árvores, consegue destrancar portas de guarda-roupas e se aventura pelas prateleiras.

Maria Cristina relata que enfrentou obstáculos ao longo desse percurso. Pandora demonstrou hostilidade durante as sessões de fisioterapia e teve de passar por duas hospitalizações prolongadas.

Em um dos episódios, houve ocorrência de obstipação fecal, ou seja, endurecimento das fezes que se acumularam no reto e no final do intestino, formando um fecaloma. À sua cuidadora, o animal representa uma história contínua de superação, tanto a nível físico quanto emocional, dos desafios e traumas pessoais.

A incapacidade de Pandora para controlar as suas evacuações urinárias e fecais é permanente, e a sua dona ainda não conseguiu colocar-lhe fraldas. Contudo, ela mantém a esperança de conseguir fazê-lo, já que a gata consegue permanecer algum tempo na cama de Maria Cristina sem ter acidentes (confira o vídeo abaixo).

A tutora de Pandora acaricia sua querida companheira.

Helena posa na janela - Foto: Registro Pessoal

Helena foi salvada em maio de 2022 depois de ter sofrido ferimentos nos olhos e os danos nas orelhas, as quais ficaram queimadas e necrosadas. Ela foi encontrada na Asa Sul, em Brasília. Um mês após o resgate, Helena foi adotada por Débora Rocha, uma servidora pública. Débora viu uma mensagem da organização não governamental divulgada nas redes sociais e se apaixonou por Helena à primeira vista.

Assim que a mentora de Helena a encontrou, obteve-se a informação de que a felina possuía pouquíssimas horas de vida restantes na clínica veterinária. Isso decorreu do fato de que havia sido submetida à amputação parcial de suas orelhas e, além disso, precisara passar por uma cirurgia para corrigir uma perfuração em sua pélvis, além de ter sido necessária a instalação de uma sonda esofágica, visto que ela não conseguia se alimentar.

Débora não se importa que Helena tenha perdido a visão de um dos olhos e esteja passando por tratamento intestinal devido a alergias alimentares.

Encontraram Helena em estado crítico e bastante enfraquecida.

Ela relata que a felina é bastante levada, tem o hábito de percorrer o corredor do edifício e "trocar ideias" com os vizinhos, além de passar o tempo na janela apreciando a movimentação na rua. A responsável pelo animal julga que "elas possivelmente já se cruzaram em outras existências".

Castração: Por Que é Tão Importante?

Conforme um estudo promovido pelo Instituto Pet Brasil, a criação doméstica de gatos apresentou o maior índice de crescimento no território nacional entre os anos de 2020 e 2023, alcançando 6%. Tal percentual superou o aumento relatado para cães, que se situou em 4%.

Conforme o mais recente levantamento realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é estimado que cerca de vinte e dois milhões e cem mil felinos habitem os lares brasileiros.

Segundo Thalita Ramos, médica veterinária com especialização em felinos pela Associação Americana de Médicos de Felinos (AAFP), é fundamental realizar a castração dos gatos. Essa medida não só previne a reprodução descontrolada, mas também ajuda a prolongar a vida dos animais, pois eles ficam menos vulneráveis.

De acordo com Thalita, a idade mais adequada para castrar machos é a partir dos sete meses, já que seu sistema urogenital estará completamente formado, evitando possíveis obstruções na uretra causadas pelo tamanho reduzido de seus órgãos genitais enquanto ainda são filhotes. No caso das fêmeas, recomenda-se a castração após os seis meses, quando alcançam a maturidade sexual e para prevenir a ocorrência de incontinência urinária.

Dicas Para Cuidar Bem Dos Gatos

A Dra. Thalita Ramos, especialista em medicina veterinária, orienta que aqueles que são responsáveis pelos gatos devem ter certos cuidados com sua alimentação, saúde e limpeza. Aqui estão algumas sugestões:

Confira outras informações sobre a localidade no portal G1 DF.

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