15 treinadores de renome que estarão nas Eliminatórias Asiáticas da Copa de 2026

Eliminatorias

Durante os últimos anos, as Eliminatórias Asiáticas foram dominadas por um grupo seleto de equipes. Com poucas exceções, a lista de equipes classificadas para a Copa do Mundo quase sempre incluiu Japão, Coreia do Sul, Austrália, Irã e Arábia Saudita. As coisas estão mudando para a Copa do Mundo de 2026, com oito vagas diretas disponíveis para a AFC. É provável que as equipes tradicionais continuem dominando o cenário, mas há uma possibilidade significativa para surpresas e equipes inéditas se classificarem.

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Foto Trivela

Em outubro, tiveram início as Eliminatórias Asiáticas. Entretanto, a primeira etapa do torneio ainda não englobava todos os times, limitando-se a dez jogos eliminatórios entre os 20 países de classificação mais baixa do continente. Tudo fica mais sério agora na segunda fase, que iniciará na quinta-feira, com a participação de 36 seleções distribuídas em nove grupos. Apenas os dois melhores de cada grupo conseguirão passar para a terceira etapa da competição. Além disso, os 18 times classificados garantirão sua presença na Copa da Ásia de 2027.

Na fase três das Eliminatórias da AFC para a Copa do Mundo, as vagas serão definidas. Os 18 times classificados serão divididos em três grupos hexagonais, e jogarão em sistema de ida e volta. Os dois primeiros colocados de cada grupo garantirão presença no Mundial de 2026, enquanto que os terceiro e quarto colocados terão uma chance na quarta fase. Essas equipes formarão dois grupos triangulares, jogando em campo neutro em jogos únicos. Os vencedores de cada grupo triangular também se classificarão para a Copa. Os dois vice-líderes de cada grupo se enfrentarão em um confronto de ida e volta, e o vencedor será o representante asiático na repescagem intercontinental. Cada equipe poderá jogar até 22 partidas nas Eliminatórias da AFC.

Os Treinadores também recebem destaque nas Eliminatórias Asiáticas, além dos Jogadores. É possível encontrar uma variedade de profissionais renomados trabalhando na Ásia atualmente, incluindo nomes importantes no futebol local, europeus e sul-americanos que foram contratados por seu histórico. Nesse sentido, selecionamos 15 técnicos que irão participar dessa jornada a partir deste mês.

Grupos Da Fase 2 Das Eliminatórias Da Ásia

Nesta lista, Hajime Moriyasu destaca-se pela qualidade de seu trabalho à frente da seleção japonesa. Como ex-meio-campista da seleção, Moriyasu obteve credenciamento para dirigir os Samurais Azuis graças aos títulos conquistados na J-League com o Sanfrecce Hiroshima e à sua atuação no Mundial de Clubes. Inicialmente, Moriyasu comandou o projeto olímpico do Japão, assumindo em seguida o time sub-23 com o objetivo de prepará-lo para os Jogos de Tóquio. Após a Copa de 2018, ele também assumiu a equipe principal, promovendo uma clara renovação. Apesar de nem sempre suas decisões de convocação terem sido bem recebidas, pode-se afirmar que o Japão progrediu sob seu comando. Em 2019, foi vice-campeão da Copa da Ásia e teve uma boa performance na Copa do Mundo de 2022, sendo uma das melhores equipes de futebol na atualidade.

Graham Arnold mantém sua autoconfiança graças ao sucesso que teve com a seleção australiana, que surpreendeu na fase de grupos da Copa do Mundo e deu trabalho para a Argentina nas oitavas de final. Quando era jogador, Arnold jogou em diversas equipes europeias e tornou-se uma referência nos Socceroos entre os anos 1980 e 1990. Depois de se aposentar, ele se tornou assistente técnico da seleção e participou da Copa de 2006. Em seguida, teve uma breve passagem como treinador principal da equipe nacional. Nas últimas dez anos, Arnold conquistou o campeonato da A-League com o Central Coast Mariners e o Sydney FC. Em 2018, ele retornou à seleção nacional com grande confiança e liderou bem um time com menos estrelas que nas décadas anteriores.

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Treinador Roberto Mancini Atua Na Arábia Saudita

Considerando sua trajetória como jogador estelar na Serie A pela Sampdoria e pela Lazio, Roberto Mancini se tornou o treinador mais procurado nas Eliminatórias Asiáticas. Conquistou muitos títulos, em especial à frente do Internazionale e do Manchester City, nos períodos em que ajudou a quebrar longos jejuns dos clubes. Mais recentemente, ele reergueu a sorte da seleção italiana, embora não tenha levado a Azzurra de volta à Copa do Mundo. Mesmo assim, conseguiu uma vitória notável na Eurocopa depois de meio século. Ele ajudou a quebrar paradigmas, permitindo que os jogadores italianos jogassem para frente. No entanto, os conflitos internos e as influências orientais surgiram este ano, provavelmente motivados pelo dinheiro da Arábia Saudita.

Klinsmann Treinou Na Coreia Do Sul

Na relação de jogadores, Jürgen Klinsmann se destacou sobremaneira. Embora tenha atuado em várias equipes, conseguiu cativar a idolatria de diversas torcidas e personificou a seleção alemã durante vários anos - especialmente nas conquistas da Copa do Mundo de 1990 e da Eurocopa de 1996. Já como treinador, Klinsmann é controverso, com altos e baixos. Ele foi excepcional na Copa do Mundo de 2006, como técnico da Alemanha, mas fracassou logo depois no Bayern de Munique. Teve satisfatórios anos à frente dos Estados Unidos, levando-os à Copa do Mundo de 2014. Recentemente, mostrou-se pouco eficaz no Hertha Berlin. Ele está tentando se ajustar na Coreia do Sul, mas demorou para se adaptar e tem gerado polêmicas por não residir no país.

Carlos Queiroz é um treinador de futebol reconhecido por suas performances destacadas no comando de equipes nacionais ao longo da última década. Embora não tenha tido grandes destaques dirigindo clubes, sua passagem como assistente de Sir Alex Ferguson no Manchester United e como técnico dos galácticos do Real Madrid são lembradas. Como técnico de seleções, começou dirigindo uma geração histórica de Portugal na base, conquistando o bicampeonato mundial sub-20 em 1989 e 1991. Levou a África do Sul para a Copa do Mundo de 2002 e Portugal para a Copa do Mundo de 2010. No Irã, Queiroz tornou-se uma unanimidade, reformulando o time rumo a outras duas Copas do Mundo em 2014 e 2018. Embora não tenha deixado uma marca forte dirigindo a Colômbia ou o Egito, ainda assim retornou para sua terceira Copa do Mundo em 2022 com a seleção iraniana. Está agora pronto para assumir o desafio de treinar o Catar, após uma campanha pouco convincente na última Copa do Mundo realizada em casa.

A trajetória de Héctor Cúper no mundo do futebol é bastante extensa. Como ex-jogador, ele ganhou notoriedade no Ferro Carril Oeste, tornando-se um nome célebre. Depois, como treinador, alcançou o título da Copa Conmebol com o Lanús e também fez um trabalho de destaque no Mallorca, levando a equipe a ser vice-campeã da Recopa Europeia. Ele ainda levou o Valencia a disputar duas finais de Champions, mas não conseguiu aproveitar a oportunidade na Inter logo depois. A partir desse momento, sua carreira começou a minguar e ele acabou indo para clubes menos expressivos. Nos últimos anos, passou a se dedicar exclusivamente a treinar seleções. Teve êxito em levar o Egito à Copa do Mundo de 2018, após uma ausência de 28 anos, e também disputou a Copa da Ásia de 2019 com o Uzbequistão. Por pouco ele não conseguiu classificar a República Democrática do Congo para a Copa do Mundo de 2022, antes de se tornar uma opção para a Síria neste ano.

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é O Novo Técnico Da Seleção Chilena

O Bahrein não possui a mesma influência política que seus vizinhos do Golfo, mas sua equipe já demonstrou grande desempenho em Eliminatórias. Para relembrar essa trajetória, a federação contratou Juan Antonio Pizzi neste ano. O ex-jogador argentino, que defendeu a seleção da Espanha e grandes clubes de ambos os países, é mais conhecido por seus períodos no Barcelona e Rosario Central. Como treinador, também teve forte ligação com os dois locais, tendo obtido sucesso notável ao comandar a seleção chilena, campeã da Copa América de 2016. Pizzi também liderou a Arábia Saudita na Copa de 2018, mas não obteve muita estabilidade em seus trabalhos posteriores.

Com uma equipe de jovens jogadores promissores no continente, o Vietnã escolheu um treinador experiente para liderá-los. Philippe Troussier é um técnico renomado no futebol africano, tendo trabalhado com seleções e clubes de destaque. Ele ganhou notoriedade ao comandar a África do Sul na Copa de 1998 e o Japão na Copa de 2002, quando liderou os Samurais Azuis em casa. Após esse período, ele passou por diversos países, tendo sua maior oportunidade no Olympique de Marseille. Em 2018, ele começou a treinar as seleções de base do Vietnã e assumiu a equipe principal em 2023.

A seleção de Omã teve uma performance impecável durante as Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2022, o que lhe garantiu o título de cabeça de chave. Uma figura fundamental nessa escalada é Branko Ivankovic, que está à frente da equipe desde 2020. Ivankovic foi assistente técnico da seleção croata e trabalhou em diversos clubes de seu país. Ele também comandou a seleção do Irã durante a Copa de 2006 e ganhou títulos nacionais em diferentes países, incluindo a Croácia, a China e o próprio Irã. Depois de ter conquistado vários títulos com o Persepolis, em Teerã, a ideia genial de contratá-lo surgiu por parte de Omã.

"Paulo Bento Assume Como Treinador Nos Emirados Árabes"

Paulo Bento é um técnico que não é consenso nesta lista. Como jogador da seleção portuguesa por mais de 10 anos, ele foi longe com seus dois títulos na Taça de Portugal enquanto treinava o Sporting. Ele também assumiu o comando da seleção portuguesa e teve uma boa atuação na Euro 2012 antes de liderar a equipe rumo à Copa de 2014. Infelizmente, ele perdeu seu toque desde então. Sua breve passagem pelo Cruzeiro e seus trabalhos no Olympiacos e Chongqing Lifan foram decepcionantes. Ele ressurgiu na Coreia do Sul, mas não impressionou em sua jornada em direção à Copa de 2022. Ficou desempregado até que os Emirados Árabes Unidos o contratasse com a ajuda da marca.

Katanec se destacou como um meio-campista durante sua carreira como jogador, principalmente por sua atuação na Sampdoria, campeã da Série A em 1990/91, e também pela seleção iugoslava. Como treinador, ele teve um grande impacto em seu país natal, a Eslovênia, levando a equipe à sua primeira Copa do Mundo em 2002. Esse sucesso o abriu as portas para treinar diferentes seleções, incluindo a Macedônia do Norte, os Emirados Árabes Unidos e o Iraque, além de um retorno à Eslovênia entre 2013 e 2017. Sua melhor campanha foi com a equipe iraquiana, culminando em uma respeitável performance na Copa da Ásia de 2019. Portanto, não é surpreendente que ele tenha sido contratado pelos uzbeques em 2021.

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A equipe nacional da Índia não está aproveitando completamente o potencial de sua população ou a paixão local pelo futebol, no entanto, os esforços de Igor Stimac merecem ser elogiados. O antigo jogador croata foi uma figura importante em seu país na campanha até as semifinais da Copa do Mundo de 1998, enquanto jogava na Inglaterra. Na função de treinador, ele dirigiu times na Croácia e liderou a equipe nacional por um breve período em 2012 e 2013. Logo após treinou clubes no Irã e no Catar, o que facilitou sua chegada à Índia. Desde 2019 ele é o treinador da seleção, conquistando títulos regionais e levando a equipe à participação em duas Copas da Ásia - uma conquista extraordinária para os Tigres Azuis.

Na lista há um brasileiro: Alexandre Pölking, conhecido pelo apelido de Mano, que tem uma trajetória singular. Nasceu no estado do Rio Grande do Sul e utilizou suas raízes alemãs para construir uma carreira como atacante na Europa. Defendeu as camisas do Arminia Bielefeld e Darmstadt, equipes das distritais regionais da Alemanha, além de ter jogado também no futebol cipriota. Como treinador, iniciou como assistente de renomados técnicos como Winfried Schäfer, trabalhando em diferentes países, inclusive na Tailândia, entre 2012 e 2013. Também teve passagens por clubes locais e, durante seis anos, foi técnico do Bangkok United, conquistando o campeonato nacional. Em 2021, assumiu definitivamente o comando da seleção da Tailândia, sagrando-se campeão regional da Copa Suzuki por duas vezes e conquistando a medalha de prata nos Jogos do Sudeste Asiático.

Embora não tenha tanta experiência, Jesús Casas foi uma escolha interessante para o Iraque e merece reconhecimento. O espanhol teve uma trajetória modesta como jogador e trabalhou por muitos anos como técnico nas categorias de base, principalmente no Cádiz. Em 2018, assumiu o cargo de assistente de Javi Gracia no Watford. Poucos meses depois, se tornou auxiliar técnico da equipe nacional da Espanha. Durante o último ciclo, trabalhou ao lado de Luis Enrique e só não participou da Copa do Mundo porque aceitou o convite para treinar o Iraque em novembro de 2022. Sob sua orientação, a seleção do Iraque conquistou o título da Copa do Golfo.

O Irã teve um ano tumultuado, com a troca constante de treinadores. Decidiu então confiar em um comandante local, com um histórico excepcional. Amir Ghalenoei foi meio-campista da seleção nacional nas décadas de 1980 e 1990, mas nada se compara à grandeza do que ele alcançou como técnico. Ele sempre trabalhou em times locais e acumulou cinco títulos do Campeonato Iraniano, sendo três com Esteghlal e dois com Sepahan. Ele também foi vice-campeão com o Tractor Sazi e Zob Ahan. Ghalenoei já teve uma passagem pela seleção antes, entre 2006 e 2007, mas foi demitido após uma campanha ruim na Copa da Ásia. Agora, aos 59 anos, ele tem a chance de se redimir.

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