Antônio Brito e Elmar Nascimento: quem são os desafiantes de Lira na disputa pela presidência da Câmara

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Elmar Nascimento

A disputa pela presidência da Câmara dos Deputados terá início apenas em 2025, mas já existem três candidatos na competição. Após o atual presidente, Arthur Lira (PP-AL), declarar seu apoio a Hugo Motta (Republicanos-PB), outros dois concorrentes se juntaram à corrida: Antônio Brito (União Brasil-BA) e Elmar Nascimento (PSD-BA).

Os dois contavam com o apoio de Lira e não hesitaram em apresentar suas candidaturas assim que foram deixados de lado. Já existem indícios de que os dois candidatos baianos irão se unir. “Aquele que chegar ao segundo turno contará com o apoio do outro”, afirmou Nascimento em uma postagem no X (anteriormente conhecido como Twitter), referindo-se a Brito.

Apesar de ter apoiado a candidatura de Motta, Lira fez questão de elogiar Nascimento e Brito, referindo-se a eles como “autênticos amigos de longa data”. Ele também recomendou uma maior “união” entre os candidatos e os restantes membros da Câmara: “Procurem se aliar aos deputados, pois sem essa união, não há possibilidade de governar.”

No entanto, o conceito de “convergência” não foi bem recebido por Elmar Nascimento. “O respaldo de Lira a Motta é válido, mas a Câmara não deve se esforçar para alcançar uma unanimidade artificial, que se limite a uma única vontade”, publicou em sua conta no X.

Brito adotou uma postura mais diplomática. Ele afirmou que já contava com o apoio de Lira a Motta e que isso não altera suas estratégias. “Sou um candidato do consenso. O consenso não se busca entre os desiguais, mas sim através da identificação de pautas comuns que possamos defender e levar a votação na Casa”, conforme registrado pela Agência Câmara.

Antônio Brito está em seu quarto mandato como deputado federal. Começou sua trajetória política no antigo PTB (que se uniu ao Patriota para criar o atual PRD) e, em 2016, entrou para o PSD. Com formação em Administração, ele teve participação em diversas organizações, incluindo o Conselho Municipal de Assistência Social de Salvador, o Sindicato das Santas Casas da Bahia e o Conselho Nacional de Assistência Social, onde ocupou a presidência.

Durante as investigações da Operação Lava Jato, ele foi acusado de ter recebido 100 mil reais da construtora Odebrecht (atualmente conhecida como Novonor) de forma ilícita. No entanto, a acusação foi posteriormente arquivada, pois não foram encontradas provas de que houve o recebimento de recursos não declarados.

Elmar Nascimento está em seu terceiro mandato na Câmara dos Deputados. Começou sua trajetória política como vereador em Campo Formoso, cidade onde nasceu na Bahia, e teve três mandatos na Assembleia Legislativa da Bahia. É formado em Direito. Ele já foi membro do MDB, do antigo PL (que se uniu ao Prona para criar o Patriotas) e do PR (que atualmente é conhecido como PL sob a liderança de Jair Bolsonaro), antes de se filiar ao Democratas, que posteriormente se uniu ao PSL para formar o União Brasil.

Em 2017, ele se posicionou contra a proposta que solicitava a abertura de uma investigação contra o então presidente Michel Temer. Mais tarde, em 2024, fez parte do grupo de deputados que votou a favor da libertação de Chiquinho Brazão, que era membro do União Brasil e atualmente está sem partido, após as alegações de que o deputado do Rio de Janeiro estaria envolvido no assassinato da vereadora Marielle Franco.

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