Embolia amniótica: o que é a grave complicação que influencer teve durante o parto?

30 Julho 2024
Embolia amniótica parto

Revista sobre Bem-Estar e Saúde

Grave Condição Pós-parto De Goiana De 34 Anos

Juliana compartilha em suas redes sociais tutoriais de culinária e conselhos para manter a casa sempre bem cuidada.

Embolia amniótica parto - Figure 1
Foto Terra

A blogueira Juliana Perdomo, de 34 anos, teve que ser hospitalizada e encontra-se em condição grave após enfrentar problemas durante o nascimento de seu terceiro filho. A influenciadora, natural de Goiás e com mais de 1 milhão de seguidores no Instagram, foi diagnosticada com embolia amniótica na sexta-feira passada (26).

Segundo os familiares de Juliana, o quadro de saúde da influenciadora continua grave. Entretanto, ela tem apresentado uma boa resposta ao tratamento recebido dos profissionais de saúde.

"Apesar da gravidade do estado de saúde de Jú ainda persistir, têm-se observado melhorias significativas no funcionamento do coração e avanços no aspecto respiratório. A paciente teve uma boa noite na segunda-feira (28) e, até o momento, não houve relatos de complicações", informou o comunicado.

Em uma conversa com o Terra Você, a doutora especializada em Pneumologia e Cuidados Paliativos da Saúde no Lar, Michele Andreata, explicou que a embolia amniótica é um problema sério e incomum no qual o líquido amniótico, células do feto ou outros materiais entram na corrente sanguínea da mãe, provocando uma reação anafilactoide.

Segundo a especialista, normalmente isso ocorre durante o parto ou logo em seguida, quando ocorre a quebra das membranas amnióticas ou lesões na placenta, o que permite que esses materiais entrem na corrente sanguínea.

Os efeitos imediatos da embolia amniótica nos pulmões envolvem o bloqueio dos vasos pulmonares e uma reação inflamatória intensa, que pode resultar em hipertensão pulmonar aguda, acúmulo de líquido nos pulmões e dificuldade de respirar. O indivíduo pode manifestar falta de ar repentina, coloração azulada na pele e, em situações mais graves, colapso do sistema cardiovascular.

A especialista menciona que os sinais respiratórios da embolia amniótica, incluindo falta de ar repentina e descoloração azulada da pele, podem ser facilmente confundidos com outros problemas pulmonares sérios, como embolia pulmonar e síndrome da angústia respiratória aguda (SARA).

No entanto, a embolia amniótica costuma vir acompanhada de rápido colapso cardiovascular e coagulopatia, o que auxilia na distinção.

"O histórico obstétrico e o momento em que os sintomas aparecem - normalmente durante o parto - também são sinais relevantes", ressalta a doutora.

Os principais obstáculos no tratamento da embolia amniótica envolvem a rápida piora do quadro clínico da paciente e a urgência de assistência avançada à vida em um prazo reduzido.

A profissional esclarece que o cuidado para manter a função dos pulmões envolve o uso de respiração mecânica, suporte para a circulação sanguínea com medicamentos vasopressores e, frequentemente, a administração de substâncias para coagulação devido à condição de coagulação associada. Reconhecer logo no início e fazer um tratamento enérgico são de extrema importância.

A doutora explica que é difícil prevenir a embolia amniótica devido à sua imprevisibilidade. No entanto, seguindo protocolos obstétricos seguros, como monitorar de perto durante o parto e agir rapidamente em caso de suspeita, é possível diminuir o risco.

Administrar de forma rápida suporte respiratório e hemodinâmico agressivo, juntamente com a correção de distúrbios na coagulação, pode ter um impacto importante na evolução clínica. Adicionalmente, a capacitação das equipes de obstetrícia e cuidados intensivos para identificar e tratar prontamente esse quadro é crucial.

Fonte: Escrito por Terra Você

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