Embolização de artéria meníngea: saiba mais do procedimento ao qual Lula será submetido
12 de dezembro de 2024 - 08h53
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva está passando por um procedimento conhecido como "embolização da artéria meníngea média" nesta manhã de quinta-feira (12). Esse tipo de intervenção é uma técnica médica sofisticada que se assemelha a um cateterismo.
Chefe de Estado Luiz Inácio Lula da Silva (PT) –
Imagem: Marcelo Camargo/Agência Brasil / Perfil Brasil
Este procedimento tem como objetivo interromper a circulação sanguínea em um vaso da cabeça que foi prejudicado por um hematoma proveniente de uma queda que aconteceu em outubro.
Garantindo que se trata de um procedimento ágil e pouco invasivo, os profissionais de saúde afirmam que a técnica será executada em uma sala de cateterismo, e não em um bloco cirúrgico.
A intervenção inicial tinha como finalidade drenar um hematoma resultante do acúmulo de sangue entre o cérebro e a meninge. A escolha por esta segunda fase tem como propósito prevenir possíveis pequenos sangramentos que possam ocorrer na artéria meníngea média.
Embolização Da Artéria Meníngea Média: Como é?
A embolização é uma técnica empregada principalmente para o tratamento do hematoma subdural crônico. Essa situação ocorre quando se forma um acúmulo de sangue entre o revestimento protetor do cérebro e o crânio, muitas vezes em decorrência de um trauma. Profissionais da saúde especializados realizam um procedimento que envolve a inserção de um cateter pela região da virilha, guiando-se pelas artérias.
Uma vez que o cateter principal é colocado, um segundo cateter é introduzido, transportando uma substância até a artéria meníngea média com o objetivo de obstruir o fluxo sanguíneo na área do hematoma. A utilização de imagens em tempo real é essencial para assegurar a precisão do procedimento, revelando a localização dos vasos que requerem tratamento.
Por Que Optar Pela Embolização Neste Caso?
Escolher a embolização tem fundamentos estratégicos. Esse procedimento contribui para “fechar” o vaso que está causando o sangramento, reduzindo a probabilidade de agravamento ou recorrência do hematoma. Além disso, essa técnica previne a realização de cirurgias mais invasivas e complicadas na região craniana.
Segundo especialistas, esse é um procedimento relativamente recente para o tratamento de hematomas subdurais, porém já reúne evidências favoráveis em congressos da área médica. Entre as vantagens estão uma recuperação mais ágil e menos invasividade para o paciente, em comparação com as técnicas cirúrgicas convencionais.
Vantagens E Processo De Recuperação
A embolização da artéria meníngea média apresenta várias vantagens que a tornam uma alternativa interessante para aqueles que têm hematoma subdural. Além de ser um procedimento ágil, proporciona uma recuperação mais suave, com a maioria dos pacientes voltando às suas atividades habituais em poucos dias.
Contudo, a escolha de adotar esse procedimento varia conforme a situação clínica de cada paciente e as recomendações específicas do médico encarregado.
Depois do procedimento, o paciente fica sob monitoramento por algumas horas ou até um dia no hospital, com o objetivo de garantir sua segurança durante a recuperação. As atividades cotidianas podem ser retomadas rapidamente, sempre seguindo as orientações médicas para garantir uma recuperação eficaz e segura.