'Jesus do Bitcoin' é libertado sob fiança na Espanha

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Espanha

Na Espanha, um investidor de criptomoedas, que é popularmente conhecido como o "Messias do Bitcoin", foi solto após pagar fiança. O indivíduo está enfrentando extradição para os Estados Unidos com acusações relacionadas a fraude fiscal.

No dia 17 de maio, Roger Ver foi liberado da prisão mediante o pagamento de uma fiança no valor de 150 mil euros (US$ 163 mil), com a ressalva de que sua permanência se limitasse ao território da Espanha e que entregasse seu passaporte. Segundo informações constatadas pela Bloomberg News, o juiz responsável pela determinação impôs que Ver comparecesse ao tribunal de dois em dois dias. Vale destacar que o pedido de impugnação do procurador contra a soltura foi rejeitado após duas semanas.

As autoridades norte-americanas buscam a entrega de Ver para responder às acusações de fraude fiscal. Segundo o Departamento de Justiça, Ver deixou de declarar lucros de capital e não pagou impostos sobre suas participações em bitcoin, que começou a adquirir em 2011. Em 2017, Ver teria vendido bitcoins no valor aproximado de 240 milhões de euros, porém, não teria informado a transação ao seu contador, conforme consta no documento.

Segundo os registros, Ver teria deixado de pagar pelo menos US$ 48 milhões ao realizar tal ato. Em 2014, ele abdicou de sua cidadania americana e passou a ser um cidadão de São Cristóvão e Nevis. Mesmo assim, ele ainda tinha a obrigação de fornecer declarações de imposto de renda dos EUA para certos ativos.

Ver ganhou a alcunha de "Messias do Bitcoin" como um dos primeiros divulgadores da criptomoeda. No entanto, ele decidiu se afastar da comunidade bitcoin depois de longos anos, já que não concordava com a possibilidade de modificar o mecanismo de funcionamento da rede da moeda digital.

De acordo com o advogado de Ver, Jaime Campaner, ele não é um fugitivo total, já que tem mantido contato com autoridades dos EUA por meio de seus advogados da Califórnia. Sendo assim, Ver já estava ciente da investigação em andamento e, na opinião de Campaner, não havia justificativa para a sua prisão.

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