Joseildo Ramos defende inscrição dos nomes de Rubens Paiva e Eunice Paiva no livro dos Heróis e Heroínas da Pátria
Deputado Joseildo Ramos. Imagem: Mario Agra/Câmara dos Deputados.
O deputado Joseildo Ramos (PT-BA) propôs o projeto de lei (PL 4.361/2024) que inscreve os nomes do ex-deputado Rubens Paiva (PTB-SP) e de sua esposa Eunice Paiva no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria. Este livro está situado no Panteão da Pátria e da Liberdade Tancredo Neves, localizado na Praça dos Três Poderes, em Brasília.
A carreira política do casal Paiva ganhou destaque com a estreia do filme “Ainda Estou Aqui”, dirigido por Walter Salles, que retrata o sofrimento da família diante do desaparecimento do deputado em 20 de janeiro de 1971. Nesse dia, Rubens Paiva foi levado para depor no DOI-CODI do I Exército no Rio de Janeiro e nunca mais foi encontrado.
O projeto que Joseildo apresentou na última terça-feira (12/11) salienta que Rubens Paiva, assim como muitos outros brasileiros que perderam a vida ou estão desaparecidos, comprometeu sua existência em prol do País, atuando como militante, engenheiro e deputado federal. “A bravura e a resistência dele precisam ser eternamente recordadas, e todas as atrocidades enfrentadas por ele e sua família jamais devem ser olvidadas, para que não se repitam contra o povo brasileiro”.
Saiba Mais: Coordenadora da União Por Moradia Popular na Bahia é reconhecida com prêmio por iniciativa de Joseildo Ramos.
Eunice Paiva graduou-se em direito, consolidando-se como uma advogada de prestígio e se dedicou a causas sociais e políticas. Em 1988, atuou como consultora na Assembleia Nacional Constituinte. Durante o famoso discurso que marcou a promulgação da nova Constituição em 5 de outubro de 1988, o presidente dos trabalhos, deputado Ulysses Guimarães (PMDB-SP), foi enfático ao afirmar: “A sociedade foi Rubens Paiva, e não os criminosos que o assassinaram”.
Em 1996, após 25 anos de batalha por memória, verdade e justiça, Eunice obteve que o governo brasileiro emitisse formalmente o atestado de óbito de Rubens Paiva. Sua luta também foi reconhecida durante os trabalhos da Comissão Nacional da Verdade, instituída pela presidente Dilma Rousseff em 2011, com a missão de investigar as violações de direitos cometidas pelo Estado entre 1946 e 1988, especialmente durante os 21 anos de regime militar. Eunice faleceu aos 86 anos, no dia 13 de dezembro de 2018.
Departamento de Comunicação do deputado Joseildo Ramos