Evanescence é, afinal, uma banda cristã ou não?

Desde os primórdios do Evanescence, uma questão clássica tem sido discutida: a banda tem raízes cristãs ou não? Para alguns, essa questão pode parecer ridícula, enquanto outros a consideram óbvia. No entanto, há razões válidas para tal debate.

Amy Lee e Ben Moody cruzaram seus caminhos em Little Rock, Arkansas, no ano de 1994. Com 13 e 14 anos, respectivamente, ambos frequentavam um acampamento cristão para jovens e descobriram sua paixão pela música: Lee dominando o piano e Moody dedilhando o violão. Como não se sentiam completamente integrados ao grupo, decidiram se unir e formar uma banda com outros membros do acampamento, iniciando assim sua jornada musical.

A cantora teve a iniciativa de fundar o Evanescence e, juntamente com Moody, começou a produzir algumas faixas. Inicialmente, a dupla comercializava os CDs em Little Rock, contando com o suporte da comunidade local e com sua música singular, que integrava rock, metal e elementos clássicos.

O Mercado Cristão E O Sucesso De Fallen

Ao fecharem um contrato com a Wind-up Records, decidiram explorar o mercado cristão ao lançarem o Fallen (2003). Durante essa época, Lee e Moody frisaram em uma entrevista de 2003 que o seu estilo musical não se enquadrava dentro do quadro de uma banda de rock cristã ou cristã em si.

Durante uma entrevista na NPR, Lee declarou: "Não era isso que queríamos transmitir em nossa música. Eu senti como se eles estivessem vendendo uma imagem falsa". Ela ressaltou que o Evanescence jamais foi uma banda cristã e que, em suas letras, nunca houve qualquer sinal de afiliação religiosa.

Contudo, em um bate-papo com a revista Stranger Things, quando ainda não haviam atingido o sucesso, Ben Moody declarou: "O que, como banda, queremos transmitir acima de tudo é simples - Deus é amor". No livreto do primeiro álbum do Evanescence, o guitarrista exprimiu sua gratidão a Jesus Cristo: "Toda a minha existência que persiste em mim é graças a você", registrou.

Quando Fallen começou a subir rapidamente nas paradas de sucesso em todo o mundo, o Evanescence optou por se libertar completamente do mercado especializado.

Em abril de 2003, Amy Lee e Ben Moody concederam uma entrevista à revista Entertainment Weekly (via Blabbermouth) que mudou tudo. Durante a conversa, a vocalista explicou que algumas pessoas estavam obcecadas com a ideia de que a banda era cristã e que tinha uma mensagem secreta. Entretanto, ela deixou claro que não havia afiliação espiritual na música, que era simplesmente uma expressão da vida. Amy ainda garantiu que, se os donos das livrarias cristãs ouvissem algumas das músicas, não venderiam o CD.

O declarado por Ben Moody, guitarrista, foi: "Não escondo minhas crenças religiosas, no entanto, não há espaço para elas nesta banda. É inesperado estarmos no auge das paradas gospel, me pergunto o que estamos fazendo lá?". Após essa declaração, o músico deixou a banda. Ele comparou a si mesmo com o "homem crucificado ao lado de Jesus" e disse: "apenas peço que não me esqueçam". Isso provocou a comunidade cristã.

Os comentários provocaram uma resposta do presidente da gravadora, Alan Meltzer, que escreveu uma carta dirigida aos canais de rádio e às lojas de música cristãos. Ele explicou que, apesar das fortes raízes espirituais que despertaram interesse e entusiasmo na comunidade religiosa cristã, o Evanescence é uma banda secular e, portanto, considera sua música como forma de entretenimento. Em vista disso, a gravadora decidiu que o grupo não tem mais lugar nas lojas de varejo cristãs. A resposta provocou muitas estações de rádio cristãs a retirar músicas do álbum Fallen da sua programação.

Amy Lee Fala Sobre O Sucesso De Fallen

Logo após, durante uma entrevista para o canal VH1, a cantora principal Amy Lee pôde abordar a controvérsia e admitiu que as declarações de Ben Moody foram muito fortes. Em seguida, ela refutou a ideia de que a banda tenha alguma vez tentado se promover como um grupo cristão. "De jeito nenhum. Alguns membros da banda tentaram, mas sempre tivemos nossas próprias convicções."

Eu não creio que as visões da banda sejam consensuais. Em períodos anteriores, alguns membros da banda, os quais prefiro não citar, extrapolaram seus limites pessoais para falar e representar as suas convicções, e isso acabou se confundindo com as convicções da banda. Todavia, essa não é a premissa desta banda. Eu não desejo afastar nenhum indivíduo. Caso você encontre em nossas canções uma mensagem cristã, isso é ótimo, se der certo para você. Nós apenas tentamos retratar a nossa trajetória de vida.

Não é incomum que uma música se torne um sucesso, mas há algo especial sobre o hit "Bring Me To Life" do Evanescence. Aqui estão cinco fatos fascinantes sobre esta música icônica que ajudam a explicar por que ela permanece tão popular até hoje. Leia mais abaixo! --- É comum que uma canção faça muito sucesso, porém há algo singular no hit "Bring Me To Life" da banda Evanescence. Aqui há cinco curiosidades intrigantes sobre a música icônica, o que ajuda a desvendar o motivo por trás de sua permanente popularidade. Veja abaixo!