Casal enfrenta desafios após acidente que matou duas pessoas da família e deixou jovem com graves sequelas | Paraíba

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O Natal de 2024 está sendo um momento de superação para Gleicielly Teixeira e sua família. A engenheira civil passou por um processo de recuperação após um grave acidente ocorrido na Sexta-feira Santa, 29 de março, quando estavam a caminho do Conde, na Região Metropolitana de João Pessoa. Infelizmente, o acidente causou a morte de sua irmã, Gleicikelly, e do cunhado, Levi.

Naquela situação, Gleicielly, sua irmã Gleicikelly, o cunhado Levi e os pais das duas mulheres estavam a caminho do Conde de carro, quando colidiram com um caminhão na BR-101.

O pai, que estava ao volante do veículo, saiu sem nenhum arranhão, enquanto a mãe não sofreu ferimentos graves. Contudo, o casal, Gleicikelly e Levi, faleceu imediatamente. A quinta pessoa, Gleicielly, foi levada para o Hospital de Emergência e Trauma de João Pessoa.

Gleicielly Teixeira apresentou um quadro de saúde extremamente severo no Hospital de Trauma de João Pessoa — Imagem: Reprodução/TV Cabo Branco.

A previsão de recuperação da paciente era extremamente desfavorável. Sua condição era crítica e os médicos não ofereciam notícias encorajadoras. O noivo de Gleici, a quem a família se refere com carinho, Plínio Martins, ficou encarregado de receber as atualizações médicas e compartilhar com os familiares.

“O médico constantemente mencionava um quadro neurológico muito sério, e a mãe e o pai, ao ouvirem isso, ficavam profundamente impactados... disseram que ela não sobreviveria até o final do dia ou, se conseguisse, teria sequelas permanentes e ficaria acamada.”

No total, Gleici passou mais de 50 dias internada no Hospital de Trauma de João Pessoa. Desses, mais de 20 dias foram em coma, e quando ela foi transferida para a enfermaria, muitos a viram como um verdadeiro ‘milagre’.

Gleici conseguiu deixar o hospital e retomar a caminhada em menos de trinta dias. Porém, a engenheira civil sofreu lesões cerebrais que impactaram, entre outras funções, sua capacidade de falar e de lembrar. Dessa forma, ela iniciou um período de acompanhamento com vários especialistas, como fisioterapeutas e fonoaudiólogos. Os gastos foram cobertos com as economias que ela e seu noivo estavam juntando para o casamento marcado para 7 de dezembro de 2024.

Com o intuito de auxiliar Gleici em sua recuperação da melhor maneira, Plínio Martins, professor de matemática, optou por se matricular em um curso de radiologia. “Procurei formas de prestar ainda mais apoio à minha noiva e uma das alternativas que encontrei foi fazer um curso de radiologia. Assim, quando ela realizasse exames de imagem, eu poderia compreender um pouco do que estava acontecendo e descobrir como poderia ajudar, além do que já estava fazendo por ela.”

Gleici sofreu danos na memória e na fala devido ao acidente — Foto: Reprodução/TV Cabo Branco

Gleicielly Teixeira ainda enfrenta um extenso processo de recuperação. A engenheira civil não consegue se comunicar e não recorda do acidente. Além disso, não compreende a razão pela qual sua irmã e seu cunhado não estão presentes. Conforme informou o noivo, ela passará por uma cirurgia no crânio e os médicos ainda não conseguem estimar quando ela poderá retomar uma vida que se aproxime do normal.

"O médico explicou que, do ponto de vista anatômico, ela não apresenta nenhuma lesão grave que impeça seu desenvolvimento até que, possivelmente, alcance a recuperação total, como era anteriormente, compreendeu? Porém, como o progresso é bastante lento, nós aguardamos com paciência até que esse dia chegue", comenta o noivo.

Plínio Martins acredita firmemente na completa recuperação de sua noiva e tem certeza de que em breve poderão realizar o que sempre foi seu sonho, mesmo após o acidente: o casamento.

Um casal enfrenta dificuldades após um acidente que resultou na morte de dois membros da família.

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