Entenda os sinais e sintomas da febre do Oropouche e saiba como prevenir

26 Julho 2024
Febre oropouche

O Ministério da Saúde lidera uma Sala Nacional de Arboviroses, que opera de modo contínuo, acompanhando não apenas a situação do oropouche, mas também casos de febre dengue, chikungunya e Zika.

Postado em 25 de julho de 2024 às 19:00 horas.

Atualização em 25 de julho de 2024 às 19h16

A febre do Oropouche é uma enfermidade causada por um vírus transmitido principalmente pelo mosquito Culicoides paraenses, também conhecido como maruim ou mosquito-pólvora. Os sintomas são semelhantes aos da dengue e da chikungunya. A manifestação aguda da doença pode incluir febre de início repentino, dor de cabeça, dor muscular e nas articulações. Outros sinais, como vertigem, dor nos olhos, calafrios, sensibilidade à luz, náuseas e vômitos, também são frequentemente observados.

Para monitorar a situação de doenças transmitidas por mosquitos no Brasil, o Ministério da Saúde lidera uma Sala Nacional de Arboviroses, que opera de maneira contínua, acompanhando não apenas o cenário do oropouche, mas também casos de dengue, chikungunya e Zika. Recentemente, o órgão divulgou um comunicado técnico com orientações sobre ações preventivas e diretrizes para que estados e municípios possam reforçar a vigilância da propagação do vírus.

Quadros mais severos podem resultar em danos ao sistema nervoso central, como a inflamação do cérebro e das meninges, principalmente em pessoas com o sistema imunológico comprometido. Também existem registros de sintomas hemorrágicos. Em alguns pacientes (estudos indicam até 60%), pode ocorrer uma recaída, com surgimento dos mesmos sintomas ou apenas febre, dor de cabeça e dores musculares uma a duas semanas após o início dos primeiros sintomas.

A recomendação é a mesma que para a dengue, ou seja, se a pessoa apresentar sintomas, deve procurar um posto de saúde.

Descubra informações adicionais acerca da febre de oropouche.

Não existe um tratamento específico disponível. As formas de prevenção incluem evitar lugares onde há maruins ou reduzir a exposição às picadas dos insetos, seja utilizando medidas de proteção individual (como roupas compridas e sapatos fechados) ou coletiva (limpeza de áreas e locais de reprodução de animais, remoção de folhas e frutos caídos no chão, instalação de telas finas nas portas e janelas).

Ethel Maciel, que atua como secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, destaca que o Ministério da Saúde está empenhado em fornecer respostas coordenadas. Ela ressalta que a vigilância seguirá trabalhando ativamente para auxiliar no fornecimento oportuno de recomendações e ações essenciais, além das medidas contínuas já implementadas pelo governo federal.

O Ministério da Saúde está atualmente trabalhando na elaboração do Plano de Combate à Dengue e outras Doenças Transmitidas por Vetores para os anos de 2024 e 2025. Este documento aborda questões relacionadas à vigilância em saúde, tratamento clínico, organização dos serviços de saúde, controle de vetores, lacunas de conhecimento que requerem financiamento para pesquisa, comunicação e interação com a sociedade. O plano inclui propostas de ações que devem ser implementadas em curto, médio e longo prazo, e conta com a participação de representantes de organizações internacionais, pesquisadores, gestores e membros da sociedade civil.

Além disso, o Ministério da Saúde também está realizando outras medidas para combater a doença.

Vanessa Rodrigues, do Ministério da Saúde.

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