Operação mira roubo de cargas e veículos na Baixada; Fernandinho Beira-Mar é alvo de buscas em presídio de Catanduvas

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Fernandinho Beira-Mar

Agentes da 60ª Delegacia de Polícia (Campos Elíseos) e promotores do Grupo de Atuação Especial ao Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MPRJ), com o suporte da Polícia Militar, deram início, nesta terça-feira (10), a uma ação contra uma gangue que se especializa em roubos de cargas na Baixada Fluminense. O valor das perdas é estimado em aproximadamente R$ 4 milhões.

“O acusado Luiz Fernando da Costa, conhecido como ‘Fernandinho Beira-Mar’, está encarcerado há décadas e pode ser considerado uma verdadeira enciclopédia do crime, acumulando 89 (oitenta e nove) registros de atividades criminosas no Portal de Segurança. Mesmo assim, ele ainda exerce influência sobre os criminosos sob seu comando, controlando seus territórios por meio do medo, sendo a principal figura de liderança nas comunidades Parque das Missões e Jardim Ana Clara, em Duque de Caxias”, afirma a denúncia do Ministério Público.

Até a mais recente atualização desta notícia, dois indivíduos foram detidos. Um deles possuía uma motocicleta furtada e substâncias ilícitas. O segundo estava em posse de uma arma de fogo, equipamentos de comunicação, maconha e cartões de crédito furtados, conforme informações da polícia.

A operação é uma continuidade da 2ª fase da Operação Torniquete, cuja meta é combater roubos, furtos e a receptação de cargas e veículos.

Fernandinho Beira-Mar na fotografia de junho de 2015 — Imagem: Brunno Dantas/TJRJ

Os crimes sustentam as operações das organizações criminosas, geram conflitos por áreas de domínio e asseguram remunerações para os parentes dos membros da gangue, independentemente de estarem encarcerados ou soltos. Desde setembro, mais de 240 pessoas foram presas, além de veículos e mercadorias recuperadas.

As apurações confirmaram que membros de uma quadrilha criminosa, associados a assaltantes de carga, foram responsáveis pela realização de numerosas ações de roubo em estradas expressas. O grupo — proveniente das comunidades Cangulo, Rua Sete, Jardim Ana Clara e Parque das Missões — opera na Avenida Brasil, na Rodovia Washington Luis e na Rio-Magé.

Os investigados conseguiram mapear toda a estrutura de liderança do grupo, que utiliza armas e equipamentos para bloquear sinais fornecidos pela facção. Em contrapartida, metade dos lucros provenientes dos assaltos era destinada à organização criminosa.

No total, há 28 pessoas sendo alvo de operações de busca e apreensão, das quais 11 já se encontram detidas. As ordens judiciais estão sendo executadas em 6 prisões, sendo 5 localizadas no Rio de Janeiro e 1 em uma unidade federal no Paraná.

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