'Ainda Estou Aqui': Fernanda Torres não foi primeira escolha de Walter Salles
Por interpretar Eunice Paiva em Ainda Estou Aqui, Fernanda Torres tem sido considerada para o Oscar; no entanto, ela não era a primeira opção do diretor para a personagem.
O recente filme de Walter Salles, 'Ainda Estou Aqui', alcançou grande êxito tanto no Brasil quanto no exterior. A produção, que revive a narrativa da Família Paiva durante os Anos de Chumbo da ditadura militar, apresenta um elenco de peso, incluindo talentos como Fernanda Montenegro, Selton Mello e Fernanda Torres.
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Torres, por sua vez, tem recebido elogios por aquilo que muitos acreditam ser uma das mais destacadas performances de sua trajetória. O The Guardian, a título de exemplo, descreveu sua atuação como "maravilhosa". Por outro lado, o Deadline tem defendido que Fernanda seja indicada ao Oscar na categoria de Melhor Atriz.
Embora tenha alcançado notoriedade em sua atuação, Fernanda Torres não foi a primeira opção de Walter Salles para interpretar Eunice Paiva no cinema. A atriz recordou esse episódio em uma entrevista ao jornal O Globo:
Quando o projeto de 'Ainda Estou Aqui' foi revelado, por volta de 2021, Walter Salles concedeu uma entrevista ao Deadline, na qual discutiu a decisão de escalar Mariana Lima para interpretar a matriarca da Família Paiva.
Mariana é uma atriz de teatro excepcional e uma das intérpretes de cinema mais delicadas de sua geração no Brasil. Desde o início, pensei nela devido ao seu talento ímpar e à maneira sutil com que expressa o núcleo emocional de suas personagens e das histórias que interpreta.
A nova produção de Walter Salles, 'Ainda Estou Aqui', que apresenta no elenco grandes nomes como Fernanda Montenegro, Fernanda Torres e Selton Mello, revive a narrativa da Família Paiva.
No mês de janeiro de 1971, o ex-parlamentar Rubens Paiva, que teve seu mandato cassado pelo regime militar, foi retirado de sua residência no Rio de Janeiro e levado para o Destacamento de Operações de Informações (DOI). Ele foi torturado e perdeu a vida ali, mas seu corpo nunca foi localizado.
Uma das perdas mais significativas resultantes da Ditadura, o destino de Rubens só foi parcialmente revelado graças à perseverança de sua esposa, Eunice Paiva, que buscou Justiça enquanto cuidava dos cinco filhos e lidava com o Alzheimer.