Mário cita "má intenção" da arbitragem de Fluminense x Grêmio por cartões a jogadores pendurados

As queixas no campo chegaram à sala de imprensa do Maracanã. Depois do empate em 2 a 2 entre Fluminense e Grêmio, o presidente do clube tricolor, Mário Bittencourt, expressou suas severas críticas ao árbitro Matheus Delgado Candançan. O juiz mostrou cartões amarelos a cinco jogadores titulares que estavam pendurados: Fábio, Thiago Santos, Ganso, Kauã Elias e Arias. Além disso, Felipe Melo foi expulso enquanto estava no banco, totalizando seis ausências por suspensão para o próximo jogo contra o Internacional.

Felipe Melo é mandado embora do campo após protestar contra a atuação da arbitragem em partida do Fluminense.

Durante o campeonato, estive presente apenas uma vez, no dia da partida do Vasco. Acredito que é evidente para vocês que valorizo muito o equilíbrio da competição, tanto nas reclamações quanto em outros aspectos. Trabalho internamente para garantir que tenhamos o máximo de equilíbrio ao lidarmos com os desafios que surgem no futebol brasileiro, que não são poucos. Após o jogo de sábado, contra o Vitória, escrevi uma mensagem no Instagram expressando minha preocupação com o estado do futebol no país. O nível de qualidade é alarmantemente baixo. Não há uma única rodada em que não ocorram erros absurdos e flagrantes que afetam praticamente todos os clubes.

- No jogo de hoje, decidi me opor ao que escrevi anteriormente. E não me refiro apenas ao pênalti, que é um assunto passível de debate - para mim, foi uma penalidade. Contudo, retirar cinco jogadores titulares de uma equipe devido a cartões amarelos, quando temos um grande jogo na próxima semana, demonstra má-fé. O que ocorreu hoje aqui foi uma atitude desonesta. Não vejo nenhum problema em afirmar isso abertamente, pois já expressei minha opinião diretamente a ele e solicitei que constasse na súmula - desabafou Mário.

Mário Bittencourt criticou a árbitro na partida entre Fluminense e Grêmio — Foto: Bárbara Mendonça/ge

Mário expressou sua insatisfação em relação ao tempo adicional dado pelo árbitro Matheus Delgado Candançan, além de criticar a quantidade de cartões mostrados aos jogadores do Fluminense.

Primeiramente, não havia razão para acrescentar oito minutos. Já vivemos partidas em que se gastou mais tempo. No jogo contra o Vitória, por exemplo, no último sábado, o árbitro sinalizou apenas quatro minutos. Quando jogamos fora de casa e sofremos um gol aos 45, resultado de um pênalti duvidoso—como ocorreu no sábado—o árbitro manteve os quatro minutos. Ouvi o final da resposta do Mano, e, com minha experiência de quem acompanha futebol desde os cinco anos, totalizando 46 anos, posso afirmar que um bom árbitro deve conduzir uma partida com sabedoria e equilíbrio. Hoje, apenas o Fluminense se destacou em campo, sem desmerecer o Grêmio, que é uma equipe de grande qualidade, mas sabíamos que seria um desafio complicado. Sofremos um gol, mas conseguimos virar o jogo, mantendo a concentração e realizando uma excelente partida. Em nenhum momento, o Fluminense atrasou o jogo ou fez cera, e não houve intervenção do VAR durante a partida. Mesmo assim, o árbitro decidiu adicionar oito minutos no segundo tempo, claramente com a intenção de prolongar a partida. Durante esses oito minutos, após o pênalti—que, se não me engano, ocorreu aos 50 minutos—ele substituiu Fábio, Thiago Santos, Ganso, Arias e Kauã Elias. Ele fez as substituições de maneira conveniente, retirando o goleiro, um defensor, um meio-campista e os dois principais atacantes do Fluminense.

Confira a declaração completa de Mano Menezes após o empate do Fluminense.

Por último, o líder exigiu avanços na arbitragem do futebol brasileiro.

A sensação que fica é de que há muitas pessoas que gritam, protestam e agitam. No entanto, é complicado. Não há muito o que se fazer. Nós desempenhamos nosso papel, estamos aqui e falamos sobre isso. A imprensa é crítica e costuma comentar a falta de critérios. O que podemos fazer é vir aqui e pedir para que as pessoas reflitam sobre o que está ocorrendo. Precisamos agir de forma adequada. Isso não significa que estamos nos eximindo de responsabilidades. Estamos enfrentando um ano bastante desafiador e temos plena consciência disso. Contudo, também é muito difícil aceitar que, ao jogarmos como fizemos hoje, acabemos saindo prejudicados.

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