Pastana faz balanço da janela do Guarani e diz que ainda busca dois reforços pontuais

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Guarani

Rodrigo Pastana, diretor de futebol - Imagem: Captura de tela da TV Guarani

O especialista, que voltou à equipe no começo de julho com o objetivo de salvar o time da queda para a Série B, justifica que está em busca de talentos disponíveis no mercado de transferências.

Os bons resultados nos fazem ter esperança em escapar do rebaixamento. O prazo termina para os jogadores que estavam vinculados a outros clubes, mas não para os que estão livres. Pretendemos contratar mais duas ou três peças para complementar nosso elenco até 20 de setembro. Seriam reforços disponíveis no mercado.

O Guarani encontra-se na última posição do campeonato, contando com um total de 18 pontos. Mesmo atravessando o ápice de sua temporada, acumulando três vitórias em cinco jogos, o time precisa de mais sete pontos para sair da zona de rebaixamento.

De acordo com as regras da Série B, os times podem registrar até 50 jogadores até o dia 09 de setembro de 2024, com a possibilidade de substituir no máximo 8 atletas até o dia 20 de setembro de 2024, dentre aqueles registrados anteriormente.

O diretor de futebol está apreensivo com a sobrecarga do calendário do futebol no Brasil, ou seja, o Guarani precisa de mais alguns jogadores para conseguir se manter forte na luta para evitar o rebaixamento.

Ainda temos mais três meses de competição pela frente. O calendário está bem apertado, com três jogos por semana até. Por isso, estamos considerando a contratação de mais um zagueiro e um atacante de lado, já que o Marlon, que veio como atacante de lado, está se saindo muito bem atuando por dentro, o que foi uma agradável surpresa. Ele fez um gol contra a Chapecoense e deu uma assistência no jogo seguinte. Portanto, se surgir a oportunidade de contratar mais um atacante de lado, iremos atrás.

O time do Guarani fez várias contratações importantes nesta janela de transferências, veja os 11 jogadores que chegaram: Marlon Maranhão (ATA), Matheus Salustiano (ZAG), Renê Santos (ZAG), Pacheco (LAT), Daniel dos Anjos (ATA), Gabriel Bispo (VOL), Estevão (MEI), Bruno Gonçalves (ZAG), Lohan (ATA), Pierre (VOL) e Emerson (LAT).

Lohan, jogador de frente do Guarani - Foto: Raphael Silvestre/GuaraniFC

A substituição do Pintado por Allan Aal faz parte do desenvolvimento de um novo estilo de jogo. Acredito que quem está lutando para sair da zona de perigo não deve apenas se concentrar em não perder, mas também precisa buscar a vitória. Isso está alinhado com a abordagem de jogo de Allan. Atualmente estamos oferecendo mais opções ao treinador para esse tipo de estratégia. Marlon Maranhão, Estevão, junto com Emerson, Pierre e Lohan. Lohan é um centroavante típico, uma característica que não tínhamos nem com Daniel dos Anjos nem com Lucas Paraízo - comentou Rodrigo Pastana.

Confira outras temáticas discutidas por Rodrigo Pastana:

Problemas para contratar devido à baixa colocação na Série B.

Não encontrei obstáculos para contratar. É imprescindível compreender o perfil do atleta que se encaixa no clube e, em minha opinião, buscávamos jogadores ambiciosos, determinados a aproveitar a oportunidade no Guarani, aprimorar seu desempenho e almejar visibilidade para suas carreiras. Todas as tentativas de contratação foram bem recebidas. Houve duas negociações que não se concretizaram devido a questões financeiras, mas isso faz parte do mercado. Há uma competição interna pelos valores dos contratos que está ultrapassando os limites. As negociações estão sendo cada vez mais impactadas pela Lei Pelé, pelos agentes, pelos atletas, e os clubes estão enfrentando dificuldades financeiras crescentes. Devemos respeitar nosso orçamento.

O nosso ano tem um total de sessenta e quatro partidas no calendário, sem contar os clubes que participam da Libertadores e Sul-Americana. Alegam que possuem mais recursos, mais visibilidade, mais fundos. Estamos prejudicando o cenário do futebol nacional. O mais importante é progredir com os treinamentos. Não se evolui apenas com os jogos. Estamos tendo uma overdose de partidas e poucos treinos. Infelizmente, quem está no topo não consegue enxergar isso e continuamos no mesmo ritmo. O futebol brasileiro está sofrendo as consequências de seus próprios equívocos.

Muito se discute sobre a estrutura da base. Na minha opinião, é preciso ter um planejamento, calendário e capacitação mais eficazes. A formação, para mim, engloba as categorias sub-15 e sub-17. A categoria sub-20 é vista como uma fase de transição. E nesse momento, ou o jogador está pronto ou não está. Não é o lugar para testes. Um exemplo disso é o Vinícius, que foi colocado em uma situação complicada. Ele foi escalado como lateral, posição em que nunca tinha atuado. Ele cumpriu sua função, mas logo voltou para a sua posição na equipe sub-20. A base nos ajuda em momentos de transição ou na ausência de um atleta, é para isso que serve, e então eles voltam para a sub-20.

Minha função é edificar o que ainda não tinha sido devidamente construído. Começamos com a contratação de cinco reforços feita por Toninho. Infelizmente, dois deles não corresponderam às expectativas e acabaram saindo. Léo decidiu sair para jogar na Europa por vontade própria. Ele ficou marcado por alguns momentos e optamos por vendê-lo. Lucas Paraízo está tendo uma nova experiência em Portugal. Ele é um jogador do Guarani, mas não teve sua formação lá. Ele irá terminar sua formação na Europa, onde a metodologia é muito eficiente. Ele retornará com uma visão diferente sobre o futebol. O Guarani procurou agir de forma correta com aqueles que o serviram.

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