Gusttavo Lima é indiciado pela PF por lavagem de dinheiro e organização criminosa, diz TV

Gusttavo Lima

O cantor Gusttavo Lima foi formalmente acusado de lavagem de dinheiro e pertencer a uma organização criminosa, de acordo com informações divulgadas pelo programa Fantástico, da TV Globo, neste domingo, dia 29. As alegações fazem parte da Operação Integration, que também inclui a influenciadora e advogada Deolane Bezerra.

A operação está apurando a ocultação de recursos financeiros oriundos de práticas ilegais, como o jogo do bicho, por meio de plataformas de apostas esportivas, embora a ação não se concentre especificamente nessas sites.

De acordo com os investigadores, a operação ilegal teria movimentado em torno de 3 bilhões de reais em transações duvidosas. Gusttavo Lima é suspeito de esconder cerca de 10 milhões de reais em atividades fraudulentas, sendo identificado mesmo como sócio oculto da empresa Vai de Bet desde julho de 2024, com uma participação de 25%. Contudo, a polícia suspeita que o envolvimento do cantor com a empresa comece antes dessa data.

Em 2023, a Vai de Bet estabeleceu um acordo de patrocínio com o Corinthians. Durante a investigação, um membro do conselho do clube informou que, em uma conversa por telefone, o presidente da equipe disse que Gusttavo Lima "era um dos proprietários da Vai de Bet".

A Justiça de Pernambuco chegou a solicitar a prisão do cantor, mas ele já havia partido para a Flórida, nos Estados Unidos, poucas horas antes. A defesa do artista conseguiu revogar o mandado de prisão em segunda instância em menos de um dia.

De acordo com seus advogados, a conexão de Gusttavo Lima com as empresas sob investigação seria apenas de natureza comercial, englobando apenas a negociação de um avião e a utilização de sua imagem em ações publicitárias.

Além de Gusttavo Lima, a apuração foca em Darwin Henrique da Silva Filho, diretor executivo da Esportes da Sorte, uma das empresas envolvidas no esquema. Darwin foi detido, mas recebeu liberdade da Justiça na semana passada.

A Polícia Civil indica que a facção criminosa se valia de contratos de publicidade no valor de milhões, além de bens luxuosos, como automóveis e aeronaves, para ocultar dinheiro proveniente de apostas ilícitas e do jogo do bicho.

Até agora, a operação já impediu a circulação de aproximadamente 2 bilhões de reais em ativos de empresas implicadas, além de ter confiscado aeronaves e veículos de alto valor. Todos os que estão envolvidos refutam as acusações.

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