Gypsy Rose, que arquitetou morte da mãe após abuso, deixa prisão

Gypsy Rose

Nesta quinta-feira (28/12), a saga de Gypsy Rose Blanchard de 32 anos, que cumpriu 10 anos de prisão por sua cumplicidade no assassinato de sua mãe em 2015 no estado do Missouri nos Estados Unidos, teve um novo desenvolvimento. Depois de estar detida desde 2016, ela foi concedida a liberdade condicional.

Durante grande parte da infância e adolescência de Gypsy, sua mãe, Claudinne, apelidada de "Dee Dee", a abusou constantemente. Dee Dee forjou relatórios médicos e administrou medicamentos para que a filha parecesse ter doenças graves, como leucemia, distrofia muscular e outras.

Ao descobrir que sua mãe estava por trás de uma farsa manipulativa, Gypsy convenceu o namorado a assassiná-la.

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Depois de assassinar a mãe, Gypsy divulgou o ocorrido no Facebook, o que resultou na busca pela polícia do corpo na residência. A mulher, que à época tinha 23 anos, foi apreendida perto do local do crime acompanhada por seu parceiro Nick Godejohn. Eles foram detidos e Gypsy admitiu sua culpa pelo homicídio em segundo grau.

Na ocasião, a argumentação da defesa de Gypsy foi a de que ela sofria da síndrome de Munchausen, uma condição incomum em que um cuidador exagera ou induz deliberadamente doenças em uma criança para chamar atenção e despertar compaixão.

Depois de tirar a vida de sua mãe, Gypsy afirmou ser vítima de abusos mentais e físicos, além de ter que enfrentar mais uma cirurgia desnecessária.

Quando Gypsy completou sete anos, sua mãe a acusou equivocadamente de ter várias doenças. Entre elas, a distrofia muscular, que Dee Dee afirmava que exigia que Gypsy usasse uma cadeira de rodas, ainda que a menina seja capaz de andar sem dificuldade.

Depois, surgiram canos de alimentação incômodos e dispensáveis, além da alegação de que Gypsy sofria de leucemia, justificando o corte de cabelo feito por Dee Dee. A progenitora enganou tanto amigos como familiares, fazendo com que acreditassem na veracidade das doenças. Também ludibriou médicos para obter diagnósticos e tratamentos.

A narrativa completa do delito serviu de inspiração para a minissérie "The Act", da Hulu, em 2019. O elenco é liderado por Joey King, que interpreta Gypsy Blanchard, e Patricia Arquette em seu papel como Dee Dee. A produção foi premiada com um Emmy e um Globo de Ouro.

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